Personalidades de Muriaé – Geraldo Rodrigues

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Nascido em Monte Verde, distrito de Juiz de Fora, em 5 de junho de 1913, um dos 14 filhos de Jovelino José Rodrigues e de Olívia Clementina Rodrigues, Geraldo Rodrigues cedo revelaria sua sensibilidade musical. Ainda criança, quando cursava o primário em Torrões, já se familiarizava com os mistérios das notas musicais, que por ele foram pouco a pouco desvendados. A música seria, a partir daí, parte integrante de sua vida.

Na década de 20, Geraldo Rodrigues transferiu-se com sua família para Cachoeira Alegre, então distrito de Palma.

Sua vida foi marcada por variados episódios. Trabalhou como guarda-livro de fazendas, escriturário de frigorífico, em Mendes, Rio de Janeiro, e, como sargento músico do Exército na 4ª Região Militar em Juiz de Fora, sem falar em suas atividades como minerador, bateando cascalho nos leitos dos rios, contaminado pela “febre-do-ouro”. Momentos significativos de sua vida que, se não lhe trouxeram riquezas materiais, deram-lhe um mundo de experiências e de conhecimento da vida.

Em 1946, ao final da 2ª Guerra Mundial, ingressou no Colégio São Paulo como tesoureiro. Atuou também como secretario escolar e como Professor de Música, atividade essa que marcou indelevelmente a lembrança de todos aqueles que usufruíram o seu magistério e que, sob sua batuta de maestro, entoaram canções inesquecíveis nas saudosas aulas de Canto Orfeônico.

Em 1948, casou-se com a professora Maria José Silveira, que foi sua companheira e cúmplice no amor e na vida por 36 anos. Com Maria José, constituiu sua família composta de cinco filhas.

Em Muriaé, participou como clarinetista da Banda de Música “União dos Artistas” e foi um dos fundadores da “Lira São Tarcísio” onde, durante muitos anos, atuou como maestro.

A cidade não foi ingrata ao seu benfeitor, concedendo-lhe, através de projeto de lei da Câmara Municipal o título de “Cidadão Muriaeense”; e imortalizando-lhe, com o seu nome dado à rua onde tantos anos viveu com sua família.

Acostumado e íntimo das notas e sons, transformou-se também em afinador de pianos, profissão que exerceu por muitos anos, viajando por toda a região, visitando casas de famílias ou escolas de música para harmonizar as melodias produzidas por esse instrumento tão nobre e singular.

Sensível às necessidades do próximo, Geraldo Rodrigues pertencia à Sociedade de São Vicente de Paula, entidade na qual trabalhou intensamente em prol dos mais humildes e necessitados. Católico praticante, foi ministro da eucaristia, contribuindo sempre com o seu trabalho e sua dedicação para sua paróquia.

Geraldo Rodrigues sempre foi um espírito alegre e comunicativo. Seu sorriso franco e cordial contagiava àqueles que o conheciam.

Em 1984, aos 71 anos, Geraldo Rodrigues encerrou sua missão nesse mundo para, quem sabe, continuar em outra dimensão compondo suas melodias e regendo os saudosos dobrados que o acompanharam durante toda a sua vida.

Fonte: João Carlos Vargas e Flávia Alves Junqueira / Memorial Municipal

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