Casa de Semiliberdade de Muriaé completa um ano

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Atualmente nove adolescentes são atendidos no local

A Casa de Semiliberdade de Muriaé – Polo de Educação de Medidas Socioeducativas completou um ano e, entre os principais resultados, comemora a inserção de 11 jovens no mercado de trabalho. A instituição atua junto a adolescentes em conflito com a lei e visa à ressocialização por meio do estudo e profissionalização.

Regiane Barreto, proprietária de um restaurante na cidade, abriu as portas da empresa para um dos internos. Após o cumprimento da medida, ele foi contratado. Segundo Regiane, a disponibilidade e a vontade de trabalhar do adolescente foram fundamentais para a contratação. “Ele é muito interessado e caprichoso, um ótimo funcionário”, define. De acordo com ela, a empresa não tem outras vagas no momento, mas assim que tiver uma oportunidade, pretende direcionar para outros internos do Polo de Medidas Socioeducativas. “É importante a comunidade ajudar e participar”, afirma.

Os adolescentes atendidos pela unidade são submetidos à agenda de atividades diárias, com horários específicos para ver TV, banho, frequentar a escola, cursos profissionalizantes, trabalhos, atendimentos técnicos e fazer a alimentação. Eles também precisam ajudar na organização e limpeza interna da casa. Os adolescentes vão sozinhos para as atividades externas e precisam voltar no horário combinado. A equipe técnica que os acompanha na unidade é composta por assistente social, psicóloga, pedagoga, advogado e auxiliar educacional.

Atualmente nove adolescentes são atendidos no local. Oito estão inseridos em cursos profissionalizantes, sendo dois no Curso de Manutenção de Máquina de Costura Industrial oferecido pelo Senai; um no Curso Técnico em Contabilidade realizado pelo Pronatec; e cinco adolescentes inseridos nos cursos de informática básica, Excel, Word e Internet, oferecidos pelo Centro Vocacional Tecnológico (CVT) de Muriaé. Além disso, um dos adolescentes já está inserido no mercado de trabalho.

P.R.S tem 16 anos e, há dois meses, é interno da Casa de Semiliberdade em Muriaé. Envolvido com drogas desde os 13, o menor conta com o apoio dos profissionais do local para superar o vício, está estudando e pretende trabalhar. “Tinha parado na 5ª série, agora voltei, quero terminar os estudos, trabalhar e cuidar dos meus irmãos”, diz ele, que perdeu a mãe há pouco mais de uma semana. Além do estudo, P.R.S. faz curso de computação no Centro de Vocação Tecnológica (CVT) e acredita que a medida socioeducativa vai ajuda-lo. “Aqui é um lugar para a gente mudar e melhorar de vida”, conclui.

De acordo com a diretora da Casa de Semiliberdade, Aieska Zabo, a unidade tem capacidade para atender a até 16 adolescentes. “Durante este primeiro ano de funcionamento, passaram 39 adolescentes na Casa. Avaliamos positivamente o trabalho realizado, pois, dentro deste quantitativo, tivemos 22 adolescentes certificados em cursos profissionalizantes e 11 foram desligados da medida de semiliberdade e inseridos no mercado de trabalho”, avalia.

A Casa de Semiliberdade de Muriaé é resultado de um convênio firmado entre a Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase), da Secretaria de Estado de Defesa Social, e a ONG Pemse (Polo de Evolução das Medidas Socioeducativas), e conta com o apoio da Prefeitura. Nesta quinta-feira (29), será realizada a cerimônia de comemoração do primeiro ano de funcionamento do local.

Semiliberdade

A semiliberdade é uma medida restritiva de liberdade prevista no art. 120 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Sujeita aos princípios da excepcionalidade, brevidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, a semiliberdade pode ser determinada como medida inicial, ou como forma de transição para o meio aberto. A política de execução desta medida, traçada pela Suase, prioriza o desenvolvimento de um trabalho com as famílias, a construção de parcerias com a rede de saúde e educação, atendimento técnico, o encaminhamento para formação profissional, as oficinas e as atividades de cultura, esporte e lazer, que são desenvolvidas de forma a criar condições para que o adolescente possa se responsabilizar pelo seu ato.

Nas casas de semiliberdade os adolescentes podem sair durante o dia para estudar ou receber tratamento médico e em seguida devem retornar. A liberdade é restrita durante oito dias após o ingresso na casa, e depois de 45 dias já é permitido, nos finais de semana, dormir na casa da família.

Fonte: Agência Minas

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