Centro Vocacional Tecnológico gera trabalho e renda em Muriaé

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Em Ponte Nova, ações valorizam o produtor rural

A Rede de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), programa do governo de Minas, desenvolvido pela da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), está ajudando os mineiros da Zona da Mata a transformarem suas vidas a partir do empreendedorismo e da aplicação do conhecimento na geração de negócios e renda.

Nos seis CVTs localizados nos municípios de Manhumirim, Muriaé, Leopoldina, Ponte Nova, Viçosa e Ubá, jovens e adultos encontram diversas oportunidades de qualificação profissional gratuita nas áreas de agricultura, artesanato, confecção, eletroeletrônica, informática e movelaria.

Estas unidades integram uma rede que conta com 84 CVTs e 487 telecentros interligados por Internet de banda larga, formando uma das maiores estruturas de inclusão digital e social do Brasil. Somente na Zona da Mata, desde 2009, mais de 2.300 alunos foram certificados nos 162 cursos à distância oferecidos.

Cada CVT coloca à disposição da comunidade salas de informática equipadas com computadores conectados à internet, sala de videoconferência, Laboratório Vocacional e o Núcleo de Atendimento ao Empreendedor (NAE).

Em parceria com escolas, universidades, instituições privadas e as prefeituras municipais, esses espaços oferecem diversos cursos presenciais e à distância.

De acordo com o secretário Narcio Rodrigues, a efetividade desses programas na Zona da Mata evidencia o nível de comprometimento que cada unidade tem demonstrado. ”Desde 2009, milhares de pessoas receberam certificados dos 689 cursos presenciais realizados. Esses números revelam a importância dos Centros para o desenvolvimento econômico e social das regiões onde eles se localizam”, ressalta.

CVT de Ponte Nova valoriza produtor rural

No Laboratório Vocacional de Fruticultura, o CVT de Ponte Nova desenvolve ações que valorizam o produtor rural. Este ano, o centro está engajado no projeto “Minimamente Processado”, cujo objetivo é incentivar comunidades e associações de agricultura familiar a melhorar os padrões de qualidade da produção e o atendimento ao cliente.

Num primeiro momento, os produtores rurais cadastrados fornecem sua matéria-prima para catalogação. A partir dos resultados, os filhos dos agricultores se transformam em aprendizes e recebem treinamento na área de processamento, manipulação, higienização e comercialização da produção.

Além de motivar a participação da comunidade rural, a equipe do CVT promove a inclusão digital e social da população de Ponte Nova, oferecendo também suporte para o desenvolvimento de novos negócios.

Uma das beneficiadas é a empreendedora Ederlane Vieira, de 36 anos. Proprietária de uma pequena confecção, ela decidiu mudar de ramo e dedicar-se à agropecuária. Após participar do curso de Derivados do Leite no CVT, ela viu a possibilidade de beneficiar o leite produzido na sua propriedade rural para fazer queijos, doce de leite e iogurte.

O sucesso na comercialização dos produtos já estimula Ederlane a ampliar os negócios. “Penso em vender as máquinas da antiga confecção para comprar gado leiteiro e aumentar a produção”, revela.

Em Leopoldina, aluna aprende a fazer plano de negócios

A quitandeira Silvânia da Costa Hudson ficou conhecida na região de Leopoldina após ensinar no programa da Ana Maria Braga, na TV Globo, em 2010, as receitas dos seus biscoitos amanteigados. Com o aumento dos pedidos, ela viu que precisava mudar o processo de produção artesanal.

No Núcleo de Atendimento ao Empreendedor (NAE) do CVT de Leopoldina, Silvânia encontrou o apoio que precisava para elaborar o plano de negócios da abertura de sua própria fábrica.

“O CVT direcionou as minhas ações e me ajudou a calcular os custos e investimentos do meu negócio. Com este apoio, criei coragem para abrir a minha empresa. Vou investir no maquinário e ampliar a produção”, explica Silvânia Hudson.

No local, até o final do ano serão realizados também cursos de Costura Industrial, Instalador Hidráulico e Aperfeiçoamento em Solda, observando a necessidade do contexto econômico local.

Viçosa aposta em inclusão para deficientes

A inclusão digital e social de pessoas portadoras de deficiências é um dos pontos fortes do CVT de Viçosa. Há cinco anos o centro é parceiro da APAE Rural e contribui para a alfabetização e qualificação profissional dos jovens e adultos da Associação.

“Nós buscamos parcerias para que os alunos possam realizar cursos e estejam capacitados a entrar no mercado de trabalho. As atividades também reforçam a alfabetização e fortalecem a educação dos alunos”, explica Tânia Lima, diretora da APAE Rural.

O conteúdo é direcionado pelo pessoal da APAE, que ministra palestras sobre temas específicos, como meio ambiente. Em seguida, os alunos realizam atividades sobre o tema na sala de inclusão digital, utilizando ferramentas da Internet, segundo explica o coordenador do CVT de Viçosa, Paulo Sacramento.

Junto com a Ação Social Evangélica Viçosense (Rebusca), o CVT de Viçosa inicia, em setembro, uma oficina de jornalismo para jovens que integram o programa ProJovem, iniciativa do Governo Federal que proporciona a formação integral, reinserindo os jovens no processo de escolarização e qualificação profissional.

CVTs respeitam vocações locais

Os CVTs do Governo de Minas também desenvolvem ações em cidades como Manhumirim, Ubá e Muriaé. Em Manhumirim, o trabalho é voltado para a inclusão digital e social, observando a vocação produtiva da região: o café. As parcerias articuladas pelo Centro resultaram em 5.740 cursos oferecidos gratuitamente a mais de sete mil alunos.

Já no polo moveleiro do Estado, em Ubá, os marceneiros podem contar com uma excelente ferramenta para aprimorar o processo produtivo local. O Laboratório Vocacional de Marcenaria do CVT de Ubá oferece, a partir deste mês de setembro, diversos cursos à comunidade. A iniciativa tem parceria com a Prefeitura Municipal e a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), cujos professores dão aulas práticas de Design de Produto em laboratórios próprios para este fim.

Em Muriaé, o centro está em fase de mudança para um novo espaço, e assim que as atividades forem normalizadas, o CVT dará continuidade aos cursos à distância oferecidos pela plataforma da Rede Mineira, como o “Enem na sua comunidade”, que prepara jovens de escolas públicas para ingressar na universidade. O local também terá um novo espaço para destinar o resíduos eletrônicos, com a implantação do projeto “Receber, reciclar e realizar sonhos”.

Perspectivas para o futuro

A partir de 2012, a rede de CVTs do Governo de Minas avança para a convergência digital, com novos conteúdos aplicados em web 2.0, atraindo um público que quer se qualificar ou se requalificar para o mercado de trabalho, mas que quer, também, relacionar-se nas redes sociais. Além disso, a rede terá mais 20 pontos, em 20 localidades diferentes, totalizando 100 municípios atendidos. Para 2014, a meta é que todas as cidades mineiras com mais de 20 mil habitantes estejam conectadas à Rede CVT.

Fonte: Agência Minas

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