Representantes de Muriaé participam de reunião da SES que anunciou medidas para conter a dengue em 2014

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Secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques

Nesta terça-feira (20), representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) e gestores de 50 municípios reuniram-se em Belo Horizonte para uma rodada de discussão sobre a dengue em Minas e sobre os novos meios para combater o mosquito. As 50 cidades respondem por 75% dos casos e por 70% dos óbitos registrados no estado em 2013. Em discussão medidas ligadas á Vigilância Epidemiológica e Controle de Vetores, à Mobilização Social e à assistência aos pacientes.

Abrindo o evento, o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques anunciou o Plano de Contingência da Dengue para o enfrentamento dos próximos ciclos da doença e falou sobre as principais ações para o combate ao vetor. “O que observamos é que neste ano houve um crescimento muito grande da infestação. Os números mostram que 86% dos municípios mais afetados não cumpriram o último ciclo de combate ao vetor no final do ano passado e isso afeta de forma importante a proliferação do mosquito no momento mais grave, que é o inicio do verão. Com isso, estamos com várias propostas. Além da organização dos três eixos (mobilização das pessoas, combate ao vetor e assistência) estamos propondo contratar com mais perenidade os agentes de endemia, pois constatamos que o vinculo empregatício desses profissionais é muito precário, o que leva a queda da qualidade do serviço e perda dos treinamentos aplicados”, disse, completando que a ideia é que de forma tripartite, com recursos do Estado e dos municípios, possa ser criado um fundo de financiar esta carreira.

“Vamos abrir debates sobre o uso de inseticidas e queremos trazer grandes especialistas para debater este assunto. Estamos também adquirindo os insumos para as Unidades de Hidratação, tendo assim uma logística mais eficiente se ocorrer agravamento do número de casos. São algumas ações que já fizemos este ano, mas que vão acontecer de forma mais eficiente em 2014. É uma agenda difícil e frustrante que demanda preparo orçamentário e só terá fim quando tivermos a vacina. Até lá, precisamos fazer mais do mesmo, incorporar novos processos e, em 2014, principalmente, intensificar o combate ao vetor e a melhora do fluxo assistencial”.

Plano de Contingência

Segundo o secretário, o Plano de Contingência Estadual está sendo revisto e atualizado. Entre as novidades, incentivo financeiro para apoiar a contratação de oito mil agentes de endemias inseridos nos 853 municípios de Minas Gerais (o parâmetro do MS indica um agente para cada 1.000 imóveis). O plano prevê investimento das três esferas do poder. À SES/MG caberá disponibilizar R$ 30 milhões. A Secretaria está solicitando ao Ministério da Saúde a mesma quantia; os municípios serão responsáveis por outros R$ 35 milhões. A SES ainda vai custear uniformes para os agentes no valor de R$ 2 milhões e oito mil Tablets no valor de R$ 5 milhões.

Atualmente, o cenário da dengue mostra que há casos notificados em 796 municípios mineiros, totalizando 255.272 casos confirmados e 102 óbitos. Durante a explanação, Antônio Jorge lembrou a grande redução de casos de dengue (78%) entre os anos de 2011 e 2012, se comparados com 2010 quando houve surto da doença e quase 195 mil casos foram confirmados. Os pontos que ainda fazem do mosquito um grande problema de saúde pública em Minas também foram abordados. Entre eles, o aumento dos casos está ligado a introdução do Sorotipo 4 identificado este ano, as condições climáticas (temperaturas cada vez mais altas) que são favoráveis para a infestação, além da alta taxa de renovação nas prefeituras (83%) no início do ano. Além disso, 75,6% das cidades mineiras que apresentaram alto índice de transmissão da doença não cumpriram as metas de controle do vetor em 2012 – já em 2013 o número passou para 100%. Dos 71 municípios que realizaram o levantamento em 2013, 66 (92%) aumentaram seus índices de infestação se comparado ao LIRAa de 2012.

De combate simples, a dengue ainda se prolifera pelos criadouros já conhecidos da população. Em 94% dos imóveis onde foram encontradas larvas eram imóveis residenciais ou comerciais onde havia um responsável durante a inspeção. Os principais criadouros são os depósitos móveis (vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais etc); lixo e outros resíduos sólidos e depósitos fixos (calha, laje, ralos, sanitários em desuso etc). Eles respondem 77% do total.

Gastos com a dengue

Entre investimentos em Força Tarefa, Unidade de Hidratação, contratação de pessoal, comunicação e mobilização, insumos e equipamentos, a SES já gastou em 2013 R$ 60 milhões, com perspectiva de que outros R$ 25 milhões ainda sejam aplicados até o fim do ano. Detalhando os gastos, o custeio da Força Tarefa e agentes de endemias custaram R$15 milhões, a implantação de Unidades de Hidratação em 27 municípios consumiram outros R$12 milhões, quando 75 mil pessoas foram atendidas. Para a contratação de cerca de 2.000 profissionais (médicos, enfermeiros, técnicos de laboratório, etc) e capacitação de aproximadamente 15 mil profissionais de saúde houve celebração de convênios da ordem de R$14 milhões. Equipamentos, uniformes, capas de caixa d’água, equipamentos de EPI, veículos de UBV pesado, bombas costais motorizadas, água sanitária e outros somaram R$ 8 milhões, somados também as 4.713.511 unidades de medicamentos e insumos distribuídos para o tratamento da dengue no Estado. A Comunicação e Mobilização Social, R$ 13 milhões.

Para as situações de elevação súbita do número de casos, foram comprados 50 mil testes rápidos (NS1) ao custo de R$ 1 milhão. Os resultados são descobertos em 20 minutos, o que permite a detecção precoce da doença e tratamento rápido, porém Ministério fará avaliação do uso deste mecanismo no próximo mês.

No campo da Mobilização Social (Dengue Móvel – troca de pneus, latas e pets por material escolar), 90 ações foram realizadas em todo o Estado, quando quase três milhões de focos foram removidos. Também houve a aquisição de 60 veículos de UBV (Fumacê) entre 2012 e 2013, totalizando 122 caminhonetes em operação. As bombas costais também teve o uso ampliado. Passou de 600 em 2012 para mil bombas em 2013.

Fonte: SES-MG

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