SES-MG institui fluxos para atendimento de grávidas infectadas pelo Zika Vírus

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A gravidez representa para as mulheres um período de descobertas e muitas transformações. Nessas horas, o acompanhamento do pré-natal tem fundamental importância, não só por proporcionar uma gestação mais saudável e um parto seguro, como também por ajudar as gestantes a esclarecerem as muitas dúvidas que surgem nesse período.

Desde o final do ano passado, quando o Ministério da Saúde estabeleceu uma possível relação entre o aumento de casos de microcefalia no Nordeste do país com a infecção pelo Zika Vírus, o alerta para as grávidas também cresceu. Sabendo da importância de um acompanhamento mais próximo das gestantes que apresentam sinais da doença, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com base nos protocolos do Ministério da Saúde e definições da Organização Mundial de Saúde, elaborou fluxogramas para o acompanhamento de seis situações clínicas distintas. O intuito é garantir o devido atendimento a esses casos, orientando a rede assistencial quanto a procedimentos necessários durante o acompanhamento das mulheres.

Em relação às gestantes com Zika Vírus, segundo a diretora de Redes Assistenciais da SES-MG, Cláudia Carvalho Pequeno, a orientação geral aos municípios é que eles façam a busca ativa dessas pacientes e se preparem para a abordagem às mulheres. “Essa visita à gestante requer um preparo das equipes, para que a paciente sinta-se amparada e possa continuar o seu pré-natal com toda a assistência devida”, afirma. A gestante é acompanhada na Unidade Básica de Saúde de sua rede de abrangência e, caso precise de cuidados especializados, será encaminhada para o Pré-Natal de Alto Risco. “Nestes casos, como a rede pública de saúde funciona de forma articulada, mesmo a gestante sendo acompanhada no Pré-Natal de Alto Risco, é responsabilidade da Unidade Básica de Saúde também fazer esse acompanhamento”, completa a diretora.

Fluxos assistenciais

Os fluxogramas elaborados pela SES-MG abrangem os seguintes grupos:

* Situação 1 – Gestante com exantema agudo sugestivo de infecção pelo vírus Zika;

* Situação 2 – Feto com microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central (SNC) sugestivo de infecção congênita;

* Situações 3 e 4 – Natimorto com microcefalia e/ou malformações do Sistema Nervoso Central (SNC) sugestivas de infecção congênita ou casos de Abortamento espontâneo sugestivo de infecção congênita;

* Situação 5 – Recém-nascido (RN) com microcefalia;

* Situação 6 – Reabilitação do recém-nascido e da criança com suspeita de microcefalia.

“Com a elaboração de tais fluxogramas, a proposta é monitorar um universo maior de casos no estado, partindo do pressuposto que ainda não é possível saber as consequências do vírus no desenvolvimento do feto e do recém-nascido”, reforça Cláudia Pequeno.

Cuidados durante a gravidez

Considerando que uma em cada quatro pessoas infectadas com o Zika Vírus apresentam sintomas, a prevenção continua sendo o melhor caminho. Para a referência técnica de Atenção à Saúde da Mulher da SES-MG, Regina Amélia Aguiar, devido à possível relação da doença com as manifestações de anomalias neurológicas no feto, é preciso que as gestantes estejam atentas, principalmente, à proteção pessoal contra a picada do vetor. “Evitar horários e lugares com a presença de mosquitos, utilizar roupas que protejam partes expostas do corpo e usar repelentes, e também adotar barreiras para entrada de insetos, como telas de proteção, mosquiteiros ou ar condicionado. Essas medidas fazem parte da proteção individual que as gestantes devem tomar”. Regina reforça ainda que não há restrições da Anvisa quanto ao uso de repelentes por gestantes, desde que os mesmos estejam devidamente registrados e que sejam seguidas as instruções de uso descritas na embalagem do produto, como o tempo de proteção.

Os sintomas, que ocorrem cerca de três a 12 dias após a picada do mosquito, são, em geral, leves e podem durar entre dois e sete dias. São eles: febre baixa, exantema (manchas vermelhas na pele e/ou urticária), muitas vezes acompanhadas por conjuntivite não purulenta, dores de cabeça e dores musculares ou nas articulações. Na gestação o curso clínico da doença não é diferente do encontrado no adulto. O teste hoje utilizado para identificar o Zika Vírus é a pesquisa do RNA viral (PCR), nas amostras de sangue periférico coletado durante os primeiros cinco dias após o início do quadro clínico ou em amostra de urina coletada, preferencialmente, nos primeiros 8 dias dos sintomas. O melhor momento para a identificação do vírus no sangue é nos primeiros 3 dias dos sintomas, enquanto que o exame em na urina pode ser realizado até 21 dias após o início dos sintomas. Não há, no momento, exames laboratoriais para identificar com precisão a presença do vírus em pessoas que não apresentem sintomas da doença ou que os apresentaram há mais tempo.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), entidade pertencente à Organização Mundial da Saúde (OMS), respondeu as principais dúvidas sobre Zika e microcefalia. Confira aqui as respostas.

Fonte: SES-MG

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