Coluna da Mislene Paiva – Infecção urinária no idoso

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A população idosa vem aumentando nas últimas décadas e as doenças relacionadas a esta faixa etária merecem atenção por parte da sociedade e da família. Se você tem um idoso em casa, vale à pena atentar para as informações a seguir.

A infecção do trato urinário em idosos é um fato explicado pelos maiores fatores de risco relacionados à idade, tais comoa diminuição da imunidade,as alterações orgânicas e funcionais do trato geniturinário, a imobilidade dos pacientes acamados e institucionalizados e a presença de outras patologias associadas.

A doença é mais frequente em mulheres principalmente pela anatomia do aparelho geniturinário, porém, após os 65 anos e, especialmente após os 80 anos, a diferença entre homens e mulheres diminui. Os homens possuem a uretra mais longa, uma das condições que diminuem o risco de infecção, porém, o idoso muitas vezes apresenta um aumento da próstata que dificulta a eliminação adequada da urina e favorece a instalação de bactérias no local. Já as idosas estão mais propensas devido à localização do orifício uretral próximo ao ânus, uretra curta em relação ao homem, enfraquecimento do assoalho pélvico e diminuição hormonal, fatores que favorecem a infecção e merecem maior atenção.

Torna-se importante aos familiares atentarem para sintomas característicos da patologia como dor e ardência ao urinar, forte odor na urina, dor suprabúbica e febre. Porém os idosos podem estar assintomáticos ou apresentarem outros sintomas não característicos como náuseas, vômitos, sudorese, mal estar e falta de apetite.

Nestes casos, o idoso deverá ser avaliado pelo médico para a realização de exames laboratoriais e tratamento adequado. O cuidador e a família devem atentar para a correta coleta da urina necessária ao exame diagnóstico. As orientações são as seguintes: coletar a primeira urina da manhã realizando a higiene local antes, não tocar a porção interna do frasco coletor, desprezar a primeira e a última porção da urina, coletando o jato médio.

A higiene genital adequada, lavagem das mãos antes e após a utilização do banheiro, ingestão de água (2 litros ao dia), avaliação do idoso que possui obstrução urinária são fatores que podem contribuir para a prevenção da doença e suas possíveis complicações.

Autora: Mislene Paiva – Enfermeira e pós-graduada em Enfermagem do Trabalho, Saúde Público e Estratégia de Saúde da Família

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