A literatura como lugar, ambiente e imaginação

Por Prof. Nathan Valentim, graduado em Letras-Literatura, membro da AILB, membro da NALAP e membro da ALTO

Nascemos, crescemos e depois morremos. Sabemos que a vida é um curto espaço de tempo comparado a infinidade de artes que nem sequer apreciamos até seu findar. Há um universo de variedades na cultura brasileira, francesa, americana, nórdica e outros. Por isso, torna-se interessante debruçarmos sobre os conceitos de lugar, ambiente e imaginação.

Grosso modo, são elementos que se debruçam entre si e possuem fundamental importância na análise de todo o cenário que envolve nosso ser literário. Segundo o Dr. José Maurício Saldanha Alvarez, lugar é o ” espaço onde toda a vida acontece ” e todas as pessoas vivem. Uma espécie de pequena pátria, comunidade ou bairro. Aquele lugar onde nascemos, nos casamos e construímos uma vida inteira. Portanto, o lugar é a matriz da literatura, onde tudo acontece, peguemos a Obra de Euclides da Cunha ‘’ Os Sertões ‘’, onde ele relata a difícil vida do sertanejo, bem como o conflito ocorrido em Canudos. Entretanto, o ambiente é uma ” série de fatores “que junta todos os seres vivos, sejam eles orgânicos ou não. Que estabelecem uma laço com toda a vida existente, através de ecossistemas. Desse modo, a imaginação é uma espécie de ” representação da imagem natural ” na literatura. Pode-se dizer, um mero produto gerado por meio da experiência e da riquíssima cultura humana. Obviamente, através de símbolos e palavras, essas representações surgem como matéria prima. A fim de corroborar, peguemos a casa senhorial transformada em um belíssimo castelo, demonstrando toda a divindade da paisagem fluminense em ‘’O Guarani – romance de José de Alencar. Paralelamente, isto nos mostra que os conceitos expostos pelo doutor, estão estritamente relacionados à noção de lugar, ambiente e imaginação, sendo estes indissociáveis à prática literária.

Referências bibliográficas:
ALENCAR, José. O guarani. São Paulo, Martin Claret, 2003.
CUNHA, Euclides da. Os Sertões. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003