Médico suspeito de estupro morre no presídio de Cataguases

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O médico de Miraí, Maciel Vieira Alves de Araújo, 27 anos, morreu por volta das 20h40min desta quarta-feira, 8 de setembro, no Hospital de Cataguases.

Ele estava preso preventivamente desde o dia 12 de agosto, no presídio de Cataguases por ser suspeito de estuprar a ex-namorada e, segundo informações preliminares obtidas junto à direção daquele presídio, teria sofrido um mal súbito.

De acordo com a direção do presídio, amanhã pela manhã, será aberta uma investigação preliminar para apurar as causas da morte do médico. Até agora, segundo ainda o diretor do presídio Rodolfo Medina, o que se sabe é que Maciel sentiu um mal súbito, no início da noite e, logo em seguida, caiu ao chão e desmaiou. Os colegas de cela tentaram animá-lo e chamaram socorro que foi prestado, inicialmente, pelos policiais penais de plantão.

Ainda conforme o relato do diretor do presídio, os agentes confirmaram que ele estava vivo e chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU – que, no entanto, atendia outra ocorrência. Ele, então, foi colocado na ambulância do presídio e levado ao Pronto-Socorro do Hospital de Cataguases onde foi atendido por uma equipe de médicos que tentaram reanimá-lo, mas ele acabou vindo a óbito.

“O que ocorreu para ele ter esse mal súbito é o que a gente vai começar a verificar amanhã, ouvindo todos os presos que estavam na cela com ele e, assim, entender o que aconteceu”, completou o diretor do presídio.

Relembre o caso

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta quinta-feira 12 de agosto, em Miraí, um rapaz de 26 anos, suspeito de cometer estupro e estupro de vulnerável, bem como de praticar o crime de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia em desfavor da ex-namorada dele, uma jovem de 22 anos, que reside em Cataguases. Apurações indicaram que existem também outras vítimas em cidades distintas, tais como Alfenas e Muriaé.

Conforme informações da delegada Érica Nascimento Guedes, a vítima teve um relacionamento com o investigado – que é médico – entre janeiro e junho deste ano, e os crimes teriam acontecido em Cataguases, onde a vítima reside, e em Miraí, local de residência do suspeito. “Ela alega ter sofrido, nesse período, os crimes de estupro, mas também estupro de vulnerável – em razão do rapaz ter dopado a ex-namorada e mantido relações com ela desacordada. O investigado também teria divulgado cenas de sexo e nudez, sem a autorização da vítima”, explica.

Segundo a autoridade policial, durante as investigações, foram realizadas oitivas dessa vítima e de outras duas. Uma das declarações foi prestada na Delegacia de Mulheres, em Alfenas, por uma jovem de 21 anos que teve fotos íntimas divulgadas pelo investigado. Além disso, uma terceira mulher, em Muriaé, que hoje está com 25 anos de idade, também alega ter sido dopada há alguns anos pelo suspeito e, posteriormente, ele teria mantido relação sexual com ela, desacordada. Os dois casos teriam ocorrido quando ele ainda era estudante de Medicina na cidade de Alfenas.

Ainda conforme a delegada, também foram realizadas oitivas de três testemunhas e Relatório Circunstanciado de Investigação, resultando no cumprimento de mandado de busca e apreensão em desfavor do rapaz, nas residências dele, em Miraí, e em Cataguases. Na ocasião, foram apreendidos três aparelhos celulares, dois notebooks, uma câmera fotográfica, dois pendrives, diversos medicamentos de uso controlado, vários objetos de uso sexual e dois cigarros de substância semelhante à maconha. Já o mandado de prisão temporária foi cumprido por policiais civis de Cataguases e de Miraí, no local de trabalho do rapaz. Ele foi encaminhado à delegacia em Cataguases. Posteriormente, foi conduzido até o sistema prisional. De acordo com a autoridade policial, o material apreendido foi encaminhado à perícia.

A delegada reforça a importância da denúncia, no caso de outras possíveis vítimas. “A mulher pode procurar a delegacia de Polícia Civil em Cataguases, que fica Rua Antero Ribeiro, 180, no bairro Popular, ou ligar para a unidade policial no número (32) 3421-1129, para que o suspeito também possa responder por outros atos ilícitos supostamente praticados”, concluiu.

Fonte: Marcelo Lopes, com informações da PCMG

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