Segundo informações da família, pessoas que acompanhavam Márcia na travessia relataram aos socorristas norte-americanos que a mulher passou mal e não conseguiu prosseguir com a viagem. A condição de saúde da imigrante, que enfrentava o desafio de atravessar a fronteira, acabou se tornando um obstáculo fatal.
A família de Márcia explicou que ela não estava ciente das longas caminhadas e dos riscos envolvidos no trajeto para cruzar a fronteira. O Consulado do Brasil nos Estados Unidos informou que Márcia parou no meio do caminho, sentou-se e desmaiou, não recobrando a consciência.
Diagnosticada com asma desde jovem, Márcia precisava fazer uso de bombinhas e outros medicamentos para o controle da doença. Apesar de suas dificuldades, ela decidiu deixar sua cidade natal em busca de uma vida melhor para si, sua filha de 11 anos e outros parentes.
A família relatou que Márcia começou a planejar a viagem há cerca de oito meses e chegou a ser desencorajada por parentes, mas retomou seu desejo de migrar para os EUA quando seu namorado também partiu para o país, dois meses atrás.
Descrita pelos familiares como uma mulher sonhadora, dedicada à maternidade e incansável batalhadora, Márcia deixa uma sensação de luto profundo entre os entes queridos. Eles agora enfrentam a árdua tarefa de repatriar o corpo para Caratinga, para que possam realizar o velório e o sepultamento. As despesas envolvidas no processo, desde a documentação até o transporte, estão sendo calculadas, e os parentes pretendem lançar uma campanha de vaquinha online para arrecadar os recursos necessários.
Enquanto o corpo de Márcia permanece no Instituto Médico Legal de San Diego, na Califórnia, a família vivencia um sofrimento que parece não ter fim, mas busca encontrar forças para honrar a memória de uma mulher que enfrentou grandes desafios em busca de uma vida melhor.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1