Segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc), embora existam evidências limitadas de carcinogenicidade em humanos e animais, e evidências limitadas dos mecanismos pelos quais a carcinogenicidade pode ocorrer, é necessário realizar mais pesquisas para aprimorar a compreensão sobre o risco carcinogênico do consumo de aspartame.
A sugestão da OMS é que seja ingerido de 0 a 40 miligramas de aspartame por quilo de peso corporal. Considerando que cada lata de refrigerante diet pode conter entre 200 a 300 miligramas de aspartame, uma pessoa com 70 quilos pode consumir até 2,8 mil miligramas de aspartame por dia para se manter livre de câncer – o equivalente a nove a 14 latas de refrigerante diet diariamente, desde que não consuma outros tipos de adoçantes.
Apesar da quantidade aparentemente elevada, no Brasil, é comum a comercialização de refrigerantes “zero” em garrafas de dois litros. A Coca-Cola, por exemplo, informa que há 12 miligramas de aspartame em cada 100 mililitros do refrigerante.
O aspartame, o adoçante mais utilizado do mundo desde a década de 1980, nunca havia sido avaliado pelas monografias da IARC, um programa que identifica o risco de câncer em componentes e alimentos. Denise Franco, endocrinologista e diretora da ADJ Diabetes Brasil, enfatiza a importância de um parecer oficial da OMS sobre outros adoçantes artificiais, destacando a necessidade de garantir a segurança dessas substâncias, devido ao grande número de consumidores.
A Coca-Cola, por sua vez, destaca em seu site que o aspartame é um dos ingredientes alimentares mais estudados no mundo e que sua segurança foi validada repetidamente por especialistas em saúde. A empresa afirma que o aspartame é permitido em mais de 100 países, incluindo os Estados Unidos, México, União Europeia, Turquia e Japão.
O aspartame é um adoçante artificial 200 vezes mais doce que a sacarose, utilizado como substituto do açúcar em diversos produtos alimentícios e bebidas. Introduzido na década de 80, tornou-se popular por seu baixo teor calórico e sua capacidade de adoçar sem elevar os níveis de açúcar no sangue.
Composição e Propriedades:
Quimicamente, o aspartame é um dipeptídeo formado por ácido aspártico e fenilalanina, metilado no grupo carboxílico. Sua estrutura molecular o torna altamente solúvel em água e estável em temperaturas elevadas, permitindo seu uso em diversas aplicações culinárias.
Utilizações:
Encontrado em uma variedade de produtos, o aspartame é mais comum em:
Segurança e Controvérsias:
A segurança do aspartame é um tema frequentemente debatido. Apesar de ser aprovado por diversas agências regulatórias, como a FDA (Food and Drug Administration) e a OMS (Organização Mundial da Saúde), alguns estudos levantam preocupações sobre seus possíveis efeitos adversos.
Possíveis efeitos colaterais:
Fenilcetonúria:
Indivíduos com fenilcetonúria (PKU), uma doença genética rara, devem evitar o consumo de aspartame, pois este é metabolizado em fenilalanina, um aminoácido que pode ser tóxico para esses pacientes.
Recomendações:
Conclusão:
O aspartame é um adoçante artificial com diversas aplicações na indústria alimentícia. Apesar de ser considerado seguro por agências regulatórias, é importante estar atento aos possíveis efeitos colaterais e às contraindicações para seu consumo. A moderação e a consulta com um profissional de saúde são sempre recomendadas.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Estado de Minas