“Bomba baixa”: entenda como funciona golpe que posto de combustíveis tentou aplicar até na polícia

Uma tentativa de golpe surpreendente foi flagrada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no último mês, quando o gerente de um posto de combustíveis em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tentou aplicar o golpe conhecido como “bomba baixa” durante o abastecimento de um veículo policial.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, os policiais perceberam que a bomba indicava 81,66 litros de diesel após o abastecimento, embora o veículo da PRF tivesse apenas capacidade para 76 litros no tanque, de acordo com o manual do fabricante.

O “golpe da bomba baixa” é uma fraude que engana o consumidor em relação à quantidade real de combustível adquirida. O operador da bomba ajusta o equipamento para fornecer uma quantidade menor de combustível do que a indicada no visor, fazendo com que o comprador pague por uma quantidade maior do que recebe.

Especialistas alertam os consumidores para ficarem atentos a práticas fraudulentas ao abastecerem seus veículos. Recomenda-se verificar o lacre da bomba, conferir o visor e exigir sempre um comprovante de abastecimento.

Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) revelam que, até 30 de novembro de 2023, foram realizadas 15.334 ações de fiscalização em postos revendedores de combustíveis em todo o país. Dessas, 3.743 resultaram em infrações, sendo 140 autos de infração por aferição irregular em bombas medidoras, o famoso “golpe da bomba baixa”.

A ANP enfatiza que os consumidores têm o direito de solicitar o teste de volume sempre que desconfiarem que a quantidade abastecida no tanque é menor do que a registrada na bomba. O teste envolve o uso de uma medida-padrão de 20 litros, lacrada e aferida pelo Inmetro.

Em julho de 2023, o Instituto Nacional de Metrologia (Inmet) realizou uma operação no Distrito Federal para garantir que os consumidores recebam a quantidade correta de combustível. A fiscalização encontrou irregularidades em 38,4% das bombas verificadas em 14 postos, com três autos de infração emitidos e dois bicos interditados por apresentarem graves irregularidades.

Os consumidores são aconselhados a permanecerem vigilantes e a denunciarem práticas fraudulentas, contribuindo para a integridade do mercado de combustíveis. Ações de fiscalização estão sendo intensificadas para coibir atividades ilícitas e garantir a transparência nas operações dos postos de combustíveis.

Fonte: Guia Muriaé, com informações do Metrópoles