Cientista Isaac Newton previu que o fim do mundo para 2060
Uma exposição na Universidade Hebraica de Jerusalém trouxe à tona uma faceta pouco conhecida do cientista britânico Isaac Newton , célebre por suas contribuições à física, como a descoberta da lei da gravidade .
Documentos revelam que Newton dedicou parte significativa de sua vida ao estudo de textos religiosos, profecias apocalípticas e escrituras antigas, chegando a prever que o fim do mundo ocorrerá no ano de 2060 .
A exposição intitulada “Os segredos de Newton” apresenta manuscritos que pertencem à Biblioteca Nacional de Israel e foram doados em 1969 pelo filantropo judeu Abraham Shalom Yehezquel Yehuda , após ter adquirido os documentos em um leilão em Londres em 1936. Os materiais revelam um lado do cientista que transcende a ciência tradicional e mergulha profundamente nas tradições religiosas e místicas.
Newton e as profecias apocalípticas
Entre os documentos está um manuscrito no qual Newton tenta calcular o fim do mundo com base no livro do profeta Daniel , do Antigo Testamento. Após meticulosas interpretações das escrituras, ele concluiu que o apocalipse ocorrerá no ano 2060 .
Segundo a curadora da exposição, a filósofa Yamima Ben Menahem , Newton “se esforçou para decifrar o que ele considerava serem conhecimentos secretos, codificados nas escrituras sagradas de culturas antigas e outros registros históricos”. Ele também analisou textos hebreus consagrados na liturgia judaica e fragmentos do filósofo medieval Maimonides , buscando conexões entre essas fontes e possíveis verdades científicas.
Ciência e religião: duas faces de um gênio
Newton, que viveu entre 1642 e 1727 , é amplamente reconhecido como um dos maiores cientistas de todos os tempos, mas também era profundamente religioso. A exposição destaca como ele abordava tanto a ciência quanto a teologia com a mesma meticulosidade e fervor . Para Newton, ambas as áreas estavam interligadas, e ele via a Bíblia e outras escrituras como fontes de conhecimento oculto que poderiam ser desvendadas por meio de métodos racionais.
“Newton se aproximou desses estudos com a mesma seriedade demonstrada em seu trabalho científico”, afirma a nota oficial da exposição. “Ele foi movido por um fervor religioso que o levou a ser visto por alguns como uma espécie de profeta .”
Desafiando dicotomias tradicionais
A mostra convida o público a repensar dicotomias tradicionais, como ciência versus religião ou racionalidade versus irracionalidade . Para os organizadores, os documentos revelam que Newton não via contradição entre essas áreas, mas sim uma complementaridade. Sua busca incessante por padrões universais e verdades absolutas o levou a explorar tanto os mistérios do cosmos quanto os enigmas das escrituras antigas.
“Os tesouros desta exposição nos desafiam a reconsiderar as fronteiras entre antiguidade e modernidade , mostrando que Newton foi muito mais do que apenas um cientista”, diz o comunicado.
Por que isso importa?
Embora as previsões de Newton sobre o fim do mundo sejam baseadas em interpretações religiosas e não em evidências científicas, elas refletem o fascínio do cientista pelas grandes questões existenciais que transcendem o tempo e o espaço. Além disso, a exposição oferece uma visão mais completa de Newton, destacando-o como uma figura multifacetada que combinava racionalidade científica com crenças espirituais profundas.
Para os visitantes, a exposição é uma oportunidade única de explorar os pensamentos e obsessões de um dos maiores gênios da história humana, enquanto refletem sobre temas que continuam relevantes até hoje: o papel da ciência, a busca pela verdade e o futuro da humanidade.
Fonte: Guia Muriaé