Menino de 12 anos morre após participar do “desafio do apagão” no TikTok

Família lança campanha para custear funeral e alerta pais sobre os riscos do ambiente virtual; rede social é alvo de críticas e ações judiciais

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Um menino de 12 anos, identificado apenas como Sebastian, morreu após participar do chamado “desafio do apagão”, prática viralizada nas redes sociais que consiste em provocar a própria asfixia para experimentar sensações de euforia ou desmaio. O caso ocorreu na última sexta-feira (27), na cidade de Castleford, na Inglaterra.

De acordo com a polícia de West Yorkshire, os agentes foram acionados por volta das 18h06 para atender uma emergência envolvendo uma criança inconsciente. Sebastian foi levado ao hospital, mas não resistiu. O caso está sob investigação do legista local, embora as autoridades informem que a ocorrência não está sendo tratada como suspeita de crime.

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A morte do menino foi divulgada pela família por meio de uma campanha no site GoFundMe, criada com o objetivo de arrecadar recursos para as despesas do funeral e apoio psicológico aos familiares. A organizadora, Agnieska Czerniejewska, descreveu Sebastian como “um menino sorridente, gentil, cheio de sonhos e com um talento incrível”. Em tom de desabafo, destacou: “Ele teve pais amorosos que fizeram tudo para lhe proporcionar uma infância segura e feliz. O que aconteceu é uma tragédia indescritível”.

A publicação também incluiu um apelo comovente a outros pais: “Perguntem o que seus filhos assistem, com quem conversam, o que os inspira. Estejam presentes. O mundo on-line pode ser tão perigoso quanto o real — às vezes, até mais”.

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Até o momento, mais de 375 pessoas contribuíram com a campanha, que já arrecadou cerca de 7.344 euros (aproximadamente R$ 47,2 mil).

Epidemia silenciosa

A morte de Sebastian não é um caso isolado. Segundo dados divulgados pelo jornal britânico The Independent em 2022, pelo menos 20 mortes em um intervalo de 18 meses foram relacionadas ao mesmo “desafio”, sendo 15 delas de crianças com até 12 anos de idade.
Neste ano, os pais de quatro adolescentes britânicos — Isaac Kenevan, Archie Battersbee, Julian Sewweney e Maia Walsh — moveram uma ação judicial contra o TikTok nos Estados Unidos, responsabilizando a plataforma pelas mortes de seus filhos, todas associadas ao “desafio do apagão”. Segundo a ação, o algoritmo da rede social teria promovido intencionalmente conteúdos perigosos para aumentar o tempo de permanência dos usuários e, consequentemente, a receita da empresa.

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Resposta da plataforma

Em nota, o TikTok informou que bloqueia desde 2020 a busca por vídeos e hashtags relacionados ao “desafio do apagão”. A empresa afirmou que suas diretrizes proíbem desafios perigosos e que conteúdos dessa natureza são removidos com agilidade. Acrescentou ainda que, ao tentar acessar esse tipo de material, o usuário é redirecionado para uma página com informações de segurança.

Apesar das medidas anunciadas, especialistas e organizações de proteção à infância alertam que o acesso a conteúdos nocivos continua sendo uma realidade frequente e silenciosa nas plataformas digitais, exigindo maior fiscalização e participação ativa de pais, educadores e autoridades.

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Fonte: Guia Muriaé, com informações do Estado de Minas

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