Campanha de Vacinação Antirrábica começa no dia 1º de setembro

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Muriaé e os demais municípios que integram a área de atuação da Unidade Regional de Saúde (URS) de Ubá começam, na quarta-feira, 1º de setembro, a realização da Campanha de Vacinação Antirrábica.

A previsão é de que, até 29 de outubro, sejam vacinados cerca de 100 mil cães e gatos nos 31 municípios. Além da entrega das doses de imunizantes, que assim como nos anos anteriores, o quantitativo teve acréscimo de 5% em relação a 2020, a URS também distribuiu cartazes para auxiliar a divulgação realizada pelas secretarias municipais de Saúde.

O supervisor de Endemias da Regional, Waldir Marques, explica que já foram repassadas orientações às secretarias municipais de Saúde a respeito da implementação da campanha de vacinação antirrábica, bem como em relação às providências que devem ser tomadas para que seja alcançada meta de vacinação de 100% dos animais.

“No dia 2 de outubro terá o Dia D da campanha Nacional, com divulgação em rádio e televisão, e é interessante que os municípios coloquem seu cronograma neste ritmo, aproveitando ao máximo o investimento de mídia que não recai sobre eles. Contudo, cada cidade tem a prerrogativa de fazer a própria agenda, se empenhando ao máximo para conseguir a cobertura completa da imunização dos cães e gatos”, pontuou Waldir.

Além de Muriaé, a GRS Ubá engloba os municípios de Antônio Prado de Minas, Barão de Monte Alto, Brás Pires, Coimbra, Divinésia, Dores do Turvo, Ervália, Eugenópolis, Guarani, Guidoval, Guiricema, Mercês, Miradouro, Miraí, Patrocínio do Muriaé, Piraúba, Presidente Bernardes, Rio Pomba, Rodeiro, Rosário da Limeira, São Francisco do Glória, São Geraldo, São Sebastião da Vargem Alegre, Senador Firmino, Silveirânia, Tabuleiro, Tocantins, Ubá, Vieiras e Visconde do Rio Branco.

Campanha

Todos os cães e gatos acima de 3 meses de idade deverão ser vacinados. “Os que tiverem idade menor que o mínimo, poderão receber a dose da vacina posteriormente, então, aconselhamos que os donos se dirijam aos locais de vacinação para se inteirar sobre o agendamento. Orientamos que, em hipótese alguma, pode fornecer vacina ao proprietário do animal, pois pode ocorrer de não ser acondicionada em temperatura adequada e perder a eficácia, ou não ser administrada. O local de aplicação deverá sempre ser via subcutânea, ou seja, debaixo da pele do animal, na região dorsal. Nos disponibilizamos para realizar treinamento de pessoal, devido à grande rotatividade dos mesmos, e no mais, estamos empenhados com os municípios para realizar 100% de cobertura”, informou Hélcio Carlos Gonçalves Cruz, referência técnica em Endemias da GRS Ubá.

Transmissão

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, inclusive o homem, sendo passível de eliminação no seu ciclo urbano pela vacinação de cães e gatos, além da existência de medidas eficientes de prevenção, como a imunização humana; a disponibilização de soro antirrábico humano e a realização de bloqueios de foco.

A doença é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura. A doença também pode ser transmitida pela arranhadura ou lambedura desses animais.

Sintomas

Após o período de incubação, surgem sinais e sintomas clínicos inespecíficos da raiva, que duram em média de dois a dez dias. Nesse período, o paciente apresenta mal-estar geral; pequeno aumento de temperatura; anorexia; cefaleia; náuseas; dor de garganta; entorpecimento; irritabilidade; inquietude e sensação de angústia.

Podem ocorrer inchaço, aumento da sensibilidade ao tato ou à dor, frio, calor, formigamento, agulhadas, adormecimento ou pressão no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura e alterações de comportamento.

A infecção da raiva progride, surgindo manifestações mais graves e complicadas, como: ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes; febre; delírios; espasmos musculares involuntários, generalizados ou convulsões.

Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa (“hidrofobia”). Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. Observa-se, ainda, a presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia.

O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso e a evolução para óbito. O período de evolução do quadro clínico, depois de instalados os sinais e sintomas até o óbito, é, em geral, de dois a sete dias.

Tratamento

A confirmação laboratorial em vida, ou seja, o diagnóstico dos casos de raiva humana, pode ser realizado pelo método de imunofluorescência direta, em impressão de córnea, raspado de mucosa lingual ou por biópsia de pele da região cervical.

A sensibilidade dessas provas é limitada e, quando negativas, não se pode excluir a possibilidade de infecção. A realização da autópsia é de extrema importância para a confirmação diagnóstica.

A raiva é uma doença quase sempre fatal, para a qual a melhor medida de prevenção é a vacinação pré ou pós exposição ao vírus. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre e a doença se instala, pode-se utilizar protocolo de tratamento da raiva humana, baseado na indução de coma profundo, uso de antivirais e outros medicamentos específicos. Entretanto, é importante salientar que nem todos os pacientes de raiva, mesmo submetidos ao protocolo, sobrevivem.

Fonte: Keila Siqueira de Lima / SES-MG

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