Ele foi encontrado morto no dia 06 de dezembro, no interior de um veículo, na BR-040 (entroncamento com a AMG-3085), na altura do bairro Barreira do Triunfo, em Juiz de Fora. O militar foi morto com disparos de arma de fogo na cabeça.
A esposa da vítima, de 42 anos, e o ex-sogro dela, de 71 anos, foram presos, na terça-feira (17), suspeitos de envolvimento no homicídio, e se encontram no sistema prisional. As investigações apontam que se trata de um crime planejado pela mulher e o autor para ceifar a vida da vítima.
Durante coletiva de imprensa, o Chefe do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora, Delegado-Geral Gustavo Adélio Lara Ferreira, explicou que, assim que a PCMG tomou conhecimento da localização do corpo da vítima, diligências ininterruptas foram realizadas para esclarecer a investigação, considerada complexa, já que o corpo foi encontrado em um local ermo e não havia, inicialmente, prova cabal.
– Os policiais civis trabalharam diuturnamente e procuraram as provas de forma técnica e profissional para esclarecer, com exatidão, o caso, possibilitando chegar até a autoria dos fatos – disse, parabenizando o profissionalismo da equipe da Delegacia Especializada de Homicídios.
Em seguida, o Delegado Regional de Juiz de Fora, Armando Avolio Neto, também falou sobre a apuração minuciosa e lembrou que a Polícia Civil vem trabalhando incessantemente para esclarecer outros homicídios, com índices de apuração em mais de 90%.
– Qualquer pessoa que pense em cometer um homicídio já sabe que será presa. E, nesse caso, não foi diferente – destacou, complementando que a Delegacia Regional também tem se empenhado em apurar outros delitos que aconteceram em Juiz de Fora e região.
Posteriormente, o Titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Delegado Rodrigo Rolli, explicou que foram realizadas análises de imagens de câmeras, oitivas, confecção de laudo de necropsia e outras requisições, bem como diligências que resultaram na identificação dos autores.
Segundo ele, a motivação do crime está sendo esclarecida e, possivelmente, o homicídio teria acontecido em virtude de dinheiro, já que havia um seguro de vida, no valor de, aproximadamente, R$ 457 mil, pensão e imóveis.
Ainda conforme o Delegado, os depoimentos dos envolvidos foram contraditórios. O suspeito chegou a confessar o crime, sob alegação de legítima defesa. Em depoimento, ele, morador da cidade de Santos Dumont, disse que estaria em Juiz de Fora para comprar peças para o carro.
Vítima e autor, então, teriam se encontrado no Terminal Rodoviário Miguel Mansur, após contato da mulher, oferecendo uma carona para que ele retornasse ao município de Santos Dumont com o marido dela.
No caminho, o autor alega que a vítima teria se exaltado, pois estaria desconfiada de um possível envolvimento do idoso com a ex-nora. Segundo o investigado, em seguida, a vítima teria retirado da cintura uma arma de fogo e, na tentativa de se desvencilhar da ação, o suspeito teria efetuado os disparos.
– O que vai de encontro ao laudo de necropsia que aponta crime de execução – contou a autoridade policial, complementando que o militar reformado não possuía arma de fogo. No entanto, a mulher, durante depoimento, teria falado que o marido havia saído para comprar medicamento e não teria retornado para casa. Além disso, ela informou que o marido não tinha ciúmes dela.
Ainda durante a coletiva, o Chefe de Departamento reforçou que a sociedade juiz-forana pode contar com o empenho da PCMG na apuração dos crimes.
– Nossa Polícia Judiciária está preparada para combater a criminalidade com investigações de ponta e de alto nível – concluiu.
Fonte: Guia Muriaé, com informações da PCMG