De acordo com o delegado Glaydson de Souza Ferreira, ontem pela manhã a equipe da Delegacia de Manhumirim recebeu ligação de um funcionário de uma instituição financeira da cidade, informando que um grupo de sequestradores estava fazendo cinco pessoas reféns, entre elas o gerente do banco e outras quatro pessoas da família dele.
– Por volta das 8h30 fomos acionados e, imediatamente, a equipe deslocou ao encontro da vítima. O que sabemos é que, no dia anterior (1º), por volta das 22h, a vítima chegava da Igreja com sua família e, ao abrir o portão da garagem, foi abordada por dois sequestradores que levaram a família dele para dentro da residência. Esses sequestradores permaneceram por lá das 22h até às 00h30. Um dos sequestradores saiu com a família do gerente (esposa, dois filhos menores e um sobrinho de 15 anos) e foram em direção à Contagem. Outros sequestradores ficaram na residência do gerente até às 7h e solicitou que ele fosse em sentido ao banco para sacar o dinheiro e pagar o resgate da família – contou o delegado.
Ainda de acordo com a autoridade policial, a equipe fez alguns levantamentos e imediatamente fez contato com o Departamento Estadual de Investigações Especiais (Deoesp) e, em um trabalho conjunto, prenderam um dos suspeitos em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Segundo o delegado Ramon Sandoli, assim que o Deoesp tomou conhecimento do fato e soube que, possivelmente, os reféns e o suspeito estariam na RMBH, foram realizados os levantamentos e abordagem de Davidson Rabelo de Oliveira, 30 anos, dentro de um veículo em frente ao cativeiro.
– Diante das informações e da mecânica que a equipe do Deoesp já conseguiu colecionar de fatos semelhantes a esse, chegamos em Contagem e abordamos o veículo utilizado pelo suspeito. Ele estava em frente ao cativeiro, onde foram localizadas armas de fogo. A família já não estava lá, mas foi localizada na cidade de Pará de Minas – contou o delegado.
Conforme detalhou Sandoli, antes da abordagem do indivíduo que foi preso, integrantes da quadrilha perceberam a ação da PCMG, que trabalhava de forma integrada, e libertaram as vítimas em Pará de Minas e depois fugiram.
De acordo com a autoridade policial, as vítimas foram resgatadas sem nenhum ferimento e também não foi realizado pagamento de resgate.
– É comum neste tipo de crime que, ao tomar conhecimento que a PCMG está em diligência, os criminosos ficam receosos e acabam liberando as vítimas. Este é o reflexo dos resultados que a PCMG tem apresentado. Eles sabem que serão presos e levados à Justiça – comentou.
Crime do Sapatinho
O chamado crime do “sapatinho” é uma modalidade criminosa conhecida como crime em que os bandidos agem na surdina sem despertar grandes suspeitas, ou seja, “só no sapatinho”.
Fonte: PCMG