Municípios da Zona da Mata de Minas Gerais preocupados com a crise financeira

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Reunião da AMM em Manhuaçu

Dificuldades para cumprir com suas obrigações, receitas cada dia menores, menos dinheiro para investir em suas cidades, esses foram alguns dos desafios que os novos prefeitos e os prefeitos reeleitos de Minas Gerais se depararam nesse início de mandato. Buscando soluções para a crise econômica enfrentada pelos municípios, 23 prefeitos da Zona da Mata mineira se reuniram na última sexta-feira (26) na cidade de Manhuaçu. No encontro os gestores traçaram metas e ações para amenizar a situação, além de esclarecer a situação para a população local.

Durante o encontro os prefeitos presente demonstraram suas preocupações com a redução do Fundo de Participação dos Municípios – FPM e com o cenário que vem se desenhando para os próximos meses. É preciso lembrar que o FPM é a principal renda de 70% dos municípios mineiros. Os gestores, percebendo a gravidade do momento, definiram algumas metas que possa amenizar os impactos da crise.

Entre os pontos discutidos, ficou definido que os prefeitos da Zona da Mata irão reduzir despesas e explicar à sociedade a gravidade da situação. Para comunicarem os cidadãos, os prefeitos terão o apoio da Associação Mineira de Municípios – AMM, que se propôs a auxiliar na elaboração dos informativos, a partir dos estudos da entidade, demonstrando o quanto as cidades tem perdido desde o ano de 2012. Este comunicado será realizado por meio de faixas nas prefeituras, carta aberta aos cidadãos, anúncios nos rádios e mídias locais.

Para o prefeito de Manhuaçu, Nailton Heringer, a situação é a mesma para todos os municípios e merece uma atenção especial dos Governos Federal e Estadual: “O Problema não é diferente de um município para o outro, o grande drama é que nós não temos recursos. Além disso, nós já vamos começar a demandar o Governo Estadual, a bancada e também ao Governo Federal, para a busca de uma solução para este problema”, destaca.

Já o prefeito da cidade de Alto Jequitibá, Daniel Sathler, o grande problema é a queda na qualidade dos serviços prestados a população uma vez que as cobranças, por parte da sociedade, sempre terminam sobre os prefeitos: “o objetivo da reunião é demonstrar a preocupação que nós temos com os nossos cidadãos, com a prestação de serviços com qualidade que eles merecem e necessitam. Os serviços são essenciais para a população, não podem ser interrompidos, não podem perder qualidade. Os repasses que estamos recebendo do Governo Federal e também do Governo Estadual estão sendo insuficientes para que nós possamos manter os serviços com qualidade”, ressalta.

O Presidente da AMM e Prefeito de Barbacena, Antônio Carlos Andrada, destaca a iniciativa dos prefeitos da Zona da Mata e lembra a necessidade da reposição do FPM: “A AMM apoia a iniciativa dos prefeitos da Zona da Mata, estamos enfrentando um período delicado onde as receitas estão cada dia mais escassas. É preciso sensibilidade do Governo Federal no momento em que ele isenta impostos e retira recursos dos municípios. A AMM vai continuar a trabalhar de forma conjunta com todos os municípios para defender os interesses de nossas cidades. É preciso lembrar que dos gritos que vem das ruas ecoa o desejo de municipalismo já, com melhores serviços prestados a população, mas para isso é fundamental que seja revisto o Pacto Federativo, de modo que os recursos possam ser descentralizados da União e compartilhados com os municípios, que estão na base, na ponta da prestação de serviços para a sociedade”, destaca.

Fonte: AMM

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