Polícia investiga morte de mulher que foi atropelada pelo próprio filho

Homem foi autuado por feminicídio e permaneceu preso após audiência de custódia. Em depoimento, ele negou ter ciência de que a vítima seria a própria mãe.

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Um estudante de medicina de 32 anos foi preso preventivamente nesta quinta-feira (31) após ser acusado de atropelar e matar sua mãe, Eliana Cordeiro, de 58 anos, em um acidente trágico ocorrido na última segunda-feira (25) em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

A vítima estava em uma bicicleta elétrica, trafegando pela Avenida Francisco Lamego, no bairro Jardim Carioca, quando foi atingida pelo veículo conduzido pelo próprio filho. Um segundo carro, ocupado por cinco pessoas, também foi atingido na colisão.




A Polícia Civil está apurando se o atropelamento foi intencional, tendo autuado o acusado por feminicídio. Após a audiência de custódia, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou sua prisão preventiva até o julgamento. Ele foi transferido para o presídio Carlos Tinoco da Fonseca após passar por exame de corpo de delito.

Em depoimento, o suspeito negou que soubesse que a vítima era sua mãe. O advogado de defesa, Márcio Marques, anunciou sua saída do caso, alegando que a polarização dentro da família do acusado e as circunstâncias das investigações influenciaram sua decisão. “Comuniquei à imprensa que me afastaria se houvesse indícios de intenção de matar. As investigações ainda estão em curso, e há informações que precisam ser esclarecidas,” explicou o advogado em comunicado.




A Polícia Civil também ouviu o pai e a irmã do acusado. A irmã relatou histórico de agressões verbais e físicas do irmão contra a mãe, informação que será analisada pela investigação. Os resultados dos laudos periciais, aguardados nos próximos dias, serão determinantes para os desdobramentos do caso.

No dia do acidente, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender uma colisão entre dois veículos. Eliana Cordeiro morreu no local do impacto, e os ocupantes do outro carro, cinco pessoas, foram levados ao Hospital Ferreira Machado, onde quatro delas receberam alta. Uma mulher de 46 anos permanece internada após ser transferida para o Hospital Beneficência Portuguesa, onde passará por cirurgia devido a fraturas nas pernas.




O estudante também foi levado ao hospital após sofrer trauma facial e, após ser medicado, ficou sob custódia policial até sua liberação para audiência e posterior prisão preventiva. A investigação prossegue com a análise de novas provas e depoimentos.

Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1




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