A história começou quando o homem, proprietário de um bar em Governador Valadares, Vale do Rio Doce, recebeu um pedido de entrega de sete caixas de cerveja em uma chácara próxima à cidade. O pedido foi feito por um homem conhecido como “Negão dos Estados Unidos”.
Ao chegar ao local combinado, o dono do bar encontrou o “Negão”, que afirmou ter batido seu carro branco Hyundai. Eles concordaram em transferir a carga de cerveja para outro veículo, momento em que dois homens armados surgiram da vegetação, anunciando o sequestro e exigindo dinheiro.
O homem foi forçado a entrar em um Honda HRV, com os sequestradores ameaçando incendiá-lo com um galão de gasolina caso não entregasse mais dinheiro. Durante a jornada entre as cidades, eles fizeram várias transferências via PIX e exigiram um resgate de cerca de R$ 350 mil do irmão da vítima, que reside nos Estados Unidos.
No entanto, a situação tomou um rumo inesperado quando o veículo parou em um posto na BR-342. O sequestrado notou que um dos criminosos colocou sua arma no colo e começou a mexer no celular. Aproveitando a oportunidade, mesmo com as mãos amarradas, ele conseguiu pegar a arma e entrou em luta corporal com o sequestrador, efetuando vários disparos.
O motorista do veículo afirmou que pegaria uma arma no porta-malas, mas foi alvejado por três tiros, resultando na morte imediata de ambos os sequestradores. O homem sequestrado conseguiu fugir e, em estado de choque, contatou a Polícia Militar.
A PM chegou ao local e prendeu o dono do bar, que explicou as circunstâncias do tiroteio. Ele alegou ter agido em legítima defesa, com medo de sua vida. A perícia da Polícia Civil identificou os ferimentos nos corpos dos criminosos, confirmando que um deles foi atingido no pulso, rosto e costas, enquanto o motorista do veículo apresentava perfurações no peito, perna esquerda e cabeça.
Os corpos dos sequestradores foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML). A Polícia Civil está investigando o caso, e o dono do bar permanece sob custódia enquanto aguarda a conclusão das investigações sobre a trágica sequência de eventos que o levou à prisão.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Estado de Minas