O que se sabe sobre a Éris, nova variante da Covid-19

Subvariante da ômicron, predominante nos EUA, registra crescimento no Reino Unido, mas não causa doença grave nem representa maior risco à saúde pública

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Uma nova variante do SARS-CoV-2, conhecida como EG.5 ou “Éris”, está chamando a atenção nos Estados Unidos e Reino Unido devido ao aumento recente em sua prevalência. Embora os números pareçam alarmantes à primeira vista, especialistas tranquilizam a população, enfatizando que ainda não há evidências de que a nova subvariante seja mais perigosa ou escape significativamente das defesas imunológicas.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, a EG.5 representou cerca de 17,3% dos casos registrados nas duas últimas semanas, um aumento significativo em relação ao mês anterior, quando a taxa era de 7,5%. Paralelamente, no Reino Unido, dados da UK Health Security Agency mostram que a prevalência estimada da Éris atingiu 14,55% dos casos, com um aumento expressivo de 45,65% em relação ao período anterior.

Apesar dos números chamativos, os especialistas enfatizam que não há razão para pânico. A EG.5 é uma subvariante da ômicron e, até o momento, não existem indícios de que seja mais letal ou cause impactos mais graves do que outras variantes previamente identificadas. Shishi Luo, diretora de bioinformática e doenças infecciosas da empresa americana Helix, que monitora variantes do SARS-CoV-2, destaca que embora a EG.5 possa ter uma mutação que lhe permita moderadamente escapar da resposta imunológica, também possui características que limitam sua capacidade de infectar células.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a EG.5 como uma variante de monitoramento, uma categoria abaixo da “variante de interesse”, indicando que seu potencial de risco à saúde pública é considerado baixo. A variante foi observada pela primeira vez em fevereiro de 2023 e já foi notificada em diversos países, incluindo China, República da Coreia, Japão, Canadá, Austrália, Cingapura, França, Portugal, Espanha, Reino Unido e EUA.

Meera Chand, vice-diretora da UKHSA, explicou que a variante foi designada para monitoramento contínuo devido ao seu crescimento internacional e presença no Reino Unido, mas ressalta que o surgimento de novas variantes não é surpreendente. Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para Covid-19, esclareceu que as vacinas já visam as cepas correspondentes à EG.5 e sua sublinhagem.

Apesar da perspectiva positiva, especialistas reforçam a importância da vacinação e medidas de prevenção contínuas. A UKHSA continua a enfatizar que a vacinação é a melhor defesa contra futuras ondas de Covid-19, encorajando as pessoas a receberem todas as doses disponíveis. Além disso, a higiene das mãos e evitar o contato próximo com indivíduos sintomáticos permanecem práticas essenciais para controlar a propagação do vírus.

Embora o verão seja frequentemente associado a uma diminuição de doenças respiratórias, os especialistas alertam que é fundamental manter a vigilância, visto que novas variantes podem surgir e impulsionar o aumento de casos. A denominação “Éris” para a nova subvariante foi atribuída por um biólogo canadense, T. Ryan Gregory, e faz referência a um planeta anão do sistema solar.

Casos de covid-19 aumentam 80% no mundo; mortes têm queda de 57%

Cerca de 1,5 milhão de novos casos de covid-19 foram registrados em todo o mundo entre 10 de julho e 6 de agosto – um aumento de 80% em relação ao período anterior. Durante os mesmos 28 dias, o vírus causou ainda 2,5 mil mortes – uma queda de 57% em relação ao período anterior. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os números mostram que, enquanto diversos países registraram queda de novos casos e de óbitos provocados pela doença, a região do Pacífico Ocidental identificou aumento de novas infecções em meio a uma redução nos óbitos. Desde o dia 6 de agosto, mais de 769 milhões de casos foram reportados globalmente, além de cerca de 6,9 milhões de mortes.

“Atualmente, os casos relatados não representam com precisão as taxas de infecção devido à redução de testes e relatórios globalmente. Durante esse período de 28 dias, 44% (103 de 234) dos países relataram pelo menos um caso à OMS – uma proporção que vem diminuindo desde meados de 2022”, destacou a entidade em comunicado.

Fonte: Guia Muriaé, com informações da Veja e Agência Brasil

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