Parkinson: saiba quais os principais sintomas motores e não-motores da doença
Você sabe o que é Parkinson? Conhece os sintomas? Neste episódio, a neurologista Paula Christina de Azevedo dá mais detalhes sobre a doença.
A doença de Parkinson é uma das doenças neurológicas mais importantes da atualidade não só por ser uma doença crônica que pode causar incapacidade e até a morte, mas também pode ser cada vez mais frequente. Estima-se que 3% da população acima dos 60 anos tem Parkinson, ou seja, aproximadamente uma em cada 30 pessoas nessa idade tem a doença.
* Tremor: o tremor da doença de Parkinson acontece principalmente no repouso, ou seja, quando não estamos movimentando ativamente uma parte do corpo. Tende a ser pior em situações estressantes, seja de causa física ou emocional.
* Rigidez: é a perda da fluidez dos movimentos, o paciente sente-se congelado ou como se suas articulações estivessem “enferrujadas”.
* Bradicinesia: é a lentidão/perda da agilidade para fazer qualquer atividade. Portanto, o paciente começa a demorar para realizar atividades habituais e cotidianas, por exemplo leva o dobro do tempo para escovar os dentes, para comer ou para fazer a barba.
* Instabilidade postural: dificuldade de equilíbrio, sensação de facilidade para cair. O Parkinson não afeta apenas a parte motora e os movimentos existem outras partes afetadas que vão causar os sintomas não motores.
Principais sintomas não-motores
* Perda ou redução do olfato que pode ser o sintoma mais precoce da doença;
* Constipação: dificuldade de evacuação;
* Sintomas depressivos e ansiosos;
* Distúrbios do sono: os mais comuns são a insônia;
* Dor;
* Alterações urinárias, como a incontinência urinária;
* Dificuldades relacionadas ao ato sexual: dificuldade de ereção ou ejaculação precoce para o homem e ressecamento vaginal para a mulher;
* Sintomas cognitivos: alterações de memória, dificuldade de raciocínio (fase avançada da doença);
* Alterações comportamentais: Demência.
A medicina não sabe ao certo a causa do problema. Sabe-se que ocorre uma diminuição progressiva da produção de uma substância chamada dopamina. Essa substância controla partes do cérebro responsáveis pelo comando dos movimentos voluntários que acontecem de maneira automática, ou seja, aqueles em que não precisamos pensar/planejar para realizá-los. Não é possível prevenir e nem tem cura, mas há várias opções de controle da doença, com medicações e até mesmo com cirurgia. Quanto mais precoce for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhor o resultado.
Fonte: Brasil 61