Substância auxilia no tratamento de insuficiência cardíaca

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Insuficiência cardíaca

Uma importante descoberta pode contribuir para o avanço do tratamento de pacientes com insuficiênciacardíaca. Um estudo realizado no Instituto do Coração (Incor), pela Faculdade de Medicina (FM) e pelo Instituto de Química (IQ), ambos da USP, identificou uma substância produzida pelo corpo humano capaz de funcionar como uma espécie de marcador de gravidade da doença. A substância em questão é a acetona, que exala um odor característico.

A partir de uma observação clínica, na qual foi constatado um odor exalado pelos pacientes com insuficiência cardíaca, a médica Fabiana Goulart Marcondes Braga, uma das pesquisadoras do projeto, juntamente com seu orientador, professor Fernando Bacal, elaborou um estudo para verificar uma possível relação entre o odor exalado pelo hálito dos pacientes e a enfermidade. “Entrávamos no quarto de um paciente com estágio avançado da doença e percebíamos que havia um cheiro diferente. Porém, o paciente que vinha ao consultório, com a mesma doença mas em estágio menos grave, não exalava o mesmo odor. Não se tratava de mau-hálito, mas um cheiro meio adocicado, e a partir disso fomos buscar o que poderia ser”.

Foram separados três grupos para análise: um com pessoas sem doença cardiológica alguma, outro com pacientes do ambulatório que apresentavam insuficiência cardíaca, porém em um quadro estável, e um terceiro grupo de pacientes que chegavam ao pronto socorro com nível de gravidade da doença mais elevado, apresentando um quadro clínico mais avançado. “O terceiro grupo foi subdividido em dois, de acordo com o perfil clínico que identificávamos no atendimento”, afirma Fabiana.

Foram coletadas amostras de ar exalado de todos os pacientes com o auxílio de um dispositivo desenvolvido para a pesquisa. A análise química das amostras foi feita pelo também pesquisador Guilherme Lopes Batista, do IQ, sob orientação do professor Ivano Gutz. Os resultados apontaram que entre os pacientes que apresentavam a doença cardíaca, o nível de uma substância chamada acetona era muito maior do que entre os saudáveis. E no grupo de pessoas que chegava na emergência com um estágio mais grave de insuficiência cardíaca, o nível da mesma substância era maior em comparação com quem estava no ambulatório, com a doença estabilizada. “Dessa forma conseguimos, por intermédio dessa mesma substância, definir níveis de produção pelo corpo de acordo com o estágio de insuficiência cardíaca. Além do objetivo de identificar qual era a substância, conseguimos verificar que ela era um marcador de gravidade da doença”.

A pesquisadora ressalta que o projeto sofreu um aprofundamento ao longo de sua execução. Partindo do ponto de identificação da substância que provocava o odor no hálito dos pacientes, o estudo buscou observar em que momento ela é produzida pelo corpo humano. “No estudo piloto, foi analisado apenas um grupo menor de pacientes, para tentar entender o que seria, e percebemos que a substância era a mesma entre os pacientes”, descreve a médica. “A partir daí, com um grupo maior de pessoas, tentamos entender em que momento essa substância é produzida pelo corpo e em quais níveis.”

Fonte: Agência USP de Notícias

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