Alfabetizando através do diálogo

Por Prof. Nathan Valentim, graduado em Letras-Literatura, membro da AILB, membro da NALAP e membro da ALTO

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Entre os anos 1930 a 1960, a nação brasileira estava mergulhada num verdadeiro caos político e social, dado uma nefasta série de desgraça política e ideológica. Sabe-se que no Brasil, a educação do povo outrora havia sido negligência, senão esquecida pelos mandatários.

Entretanto, surge então uma reluzente luz no fim do túnel: Paulo Freire ecoa em favor das massas com seu método inovador. Segundo Aurenice Cardoso (1963), “a alfabetização no Sistema Paulo Freire é uma consequência da conscientização, onde as atividades partem da cultura dos analfabetos, sendo desenvolvidas através do diálogo a respeito dos problemas da vida e da sociedade…] “Entretanto, percebe-se que Paulo Freire adota como base a conscientização e diálogo a fim de cativar a atenção do educando, e através de um senso crítico contagiar o estudante para enxergar além da realidade, cultura e dificuldades a qual vive. Paulo Freire não deixou de tecer fortes críticas aos métodos tradicionais que haviam ganhado espaço no país, sobretudo nas escolas, faculdades e demais instituições de ensino. Ainda é oportuno reforçar que o pai da pedagogia defendia com grande ênfase a consciência política e o uso de materiais e textos oriundos do cotidiano dos discentes. Segundo a bibliografia, o experimento do método do pedagogo foi sustentada no “existencialismo cristão e no marxismo” tendo sido aplicado em 1962 em Angicos – RN, de acordo com registros devidamente documentados, consta que o experimento foi um sucesso.

Tendo alfabetizado trezentos homens ruralistas em cerca de próximos cinquenta dias, devido ao resultado positivo, a experiência seguiu rumo às comunidades carentes do Recife. Deste modo, Freire notou observação criteriosamente o jeito que se aprende e se ensina, partindo desse pressuposto consagra-se então seu método, um verdadeiro reboliço educacional na formação de jovens e adultos.

Em seu artigo, intitulado como ” Paulo Freire e o valor da igualdade em educação” escrito pelo Dr. Walter Omar Kohan (2019), dissertará adotando como base a frase de Paulo Freire “A humildade exprime uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém “. O artigo irá delimitar sobre a relação entre quem ensina e quem aprende, bem como debater a necessidade de todo educador/educadora realizar um auto exame de consciência e trazer para seu papel a figura de um facilitador do conhecimento. Isto, sem realizar a imposição e colocando em pé de igualdade do aluno. Portanto, Paulo Freire irá inserir a humildade como virtude pedagógica, a espécie de “exigência” para uma
possível educação emancipadora.

Nesse contexto, compreende-se que o método Freireano faz uso da conscientização e diálogo a fim de
entender a realidade sobre a qual o aluno está inserido, bem como procurar explorar de tal modo ao ponto de contextualizar e facilitar o processo ensino-aprendizagem.

Referências

RAMEH, Letícia. Método Paulo Freire: uma contribuição para a História da Educação Brasileira.
In: V Colóquio Internacional Paulo Freire. Recife, 19-22 set. 2005.
KOHAN, W. Paulo Freire e o valor da igualdade em educação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.
45, n.e201600, p. 1-9, 2019. ISSN: 10.1590.

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