Coluna da Seliane Ventura – Anorexia: como me vejo?

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Anorexia é um distúrbio alimentar que provoca uma perda de peso excessiva, acima do que é considerado normal, mas também é um distúrbio de imagem, ou seja, há uma distorção da imagem, como a pessoa se vê. E nesses casos, os anorexos se veem com medidas maiores do que possuem, com muito mais peso do que realmente tem, uma dificuldade de aceitação corporal.

Pessoas com anorexia se recusam a manter o peso corporal dentro da faixa mínima esperada. Na maioria das vezes, manifestada em mulheres.

É comum a anorexia se manifestar após períodos de tensões, traumas, cobranças excessivas, autoestima baixa.

Familiares, amigos, pessoas ao redor devem estar atentos, pois no início os sintomas são pouco percebidos, até porque os anorexos parecem estar se alimentando, mas não estão (não da forma adequada) e também costumam usar roupas mais largas para disfarçar.

Os sintomas mais comuns são:

* Olhar-se no espelho e ver-se gordo, mesmo estando muito magro;
* Não comer por medo de engordar;
* Ter pouco apetite;
* Contar as calorias de todos os alimentos antes de ingerir;
* Estar sempre em dieta;
* Perder peso constantemente, podendo chegar à desnutrição;
* Medo intenso de ganhar peso;
* Fazer exercícios físicos intensos, na intenção de perder peso;
* Tomar medicamentos para emagrecer, como diuréticos e laxantes;

Como disse anteriormente, a anorexia é um distúrbio, um adoecimento e gera sofrimento, angústia, depressão, medo.

Em alguns casos mais avançados, a pessoa com anorexia, mesmo estando em um alto nível de magreza (com ossos amostra) ainda se percebe gorda e persiste no desejo de emagrecer. Isso é inconsciente, pois como já disse, há uma alteração na percepção da imagem.

É um adoecimento que provoca outros adoecimentos, já que altera metabolismo, ou seja, vai gerar problemas fisiológicos também, como por exemplo, o que é bem comum nas mulheres, a interrupção do ciclo menstrual ou casos constantes de desidratação.

Tem um alto índice de mortalidade ao ano, e nem nos damos conta disso, as causas vão desde inanição ao suicídio.

O tratamento deve ser multiprofissional, com o acompanhamento médico (endocrinologista e psiquiatra) que é quem faz o diagnóstico, acompanhamento psicológico e nutricional. Porém, dependendo do estado clínico da pessoa com anorexia é necessário internação para recuperação das funções fisiológicas.

Aos familiares e amigos, o apoio é muito importante, carinho e atenção redobrada, pois muitas cobranças aumentam a ansiedade e angústia.

É um distúrbio grave, invasivo e necessita cuidados, envolve todos ao redor do paciente.

É muito importante estarmos dispostos ao cuidado e amparo dessas pessoas, o amor também é tratamento, não o único, mas fundamental para que o paciente se sinta acolhido e motivado a se tratar.

Autora: Seliane Ventura – Psicóloga CRP 04/40269 – Psicóloga Clínica e Organizacional, com extensão em Psicologia Hospitalar pela Fundação de Apoio ao Hospital Universitário de Juiz de Fora

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