Falsa promessa e enforcamento: entenda morte de miss assassinada por um amigo
Vítima mudou para Curitiba (PR) há cerca de três anos em busca de novos objetivos

Raíssa, natural de Paulo Afonso (BA), morava em Curitiba havia três anos e estava desaparecida desde o dia 2 de junho. Segundo a Polícia Civil, Alves teria atraído a jovem com uma falsa promessa de emprego em Sorocaba (SP), mas no dia da suposta viagem revelou que a vaga não existia e declarou seu amor a ela, sendo rejeitado de forma categórica.
De acordo com a delegada Aline Manzatto, responsável pela investigação, a recusa provocou uma reação de ódio no autor do crime, que utilizou um fio plástico para estrangular Raíssa. “Ele disse que ficou com ódio e descontrolado”, relatou a delegada. A jovem morreu em poucos minutos, segundo o depoimento do acusado.
Após o crime, Marcelo teria ligado para o próprio filho, que trabalhava como motorista, e relatado o assassinato. Apesar de aconselhar o pai a se entregar, o rapaz acabou ajudando a transportar o corpo, utilizando o porta-malas de um carro emprestado. A vítima foi enterrada enrolada em uma lona em uma área de mata, onde foi encontrada pela polícia na tarde desta segunda.
O advogado de defesa, Caio Percival, classificou o caso como um “crime passional” e alegou que Alves é réu primário e tem bons antecedentes. “Foi arrastado pelas barras da paixão a essa situação que foge do normal”, disse Percival, indicando que a confissão e o estado emocional do autor poderão ser usados como atenuantes na pena.
A relação entre os dois começou na infância, quando Alves dava aulas de kung fu para Raíssa em um projeto social na Bahia. Anos depois, ele se mudou para Curitiba e, posteriormente, convidou Raíssa para também se estabelecer na cidade, prometendo ajuda com emprego.
A vítima chegou a ser eleita Miss Teen da cidade de Serra Branca (PB) em 2020. Amigos e familiares relataram que ela era dedicada, batalhadora e tinha planos de vida, o que torna o desfecho ainda mais trágico.
Marcelo Alves está preso e deve responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A participação do filho no transporte do corpo também está sendo investigada.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Meia Hora