Trecho de adutora do rio Glória começa a ser modificado
Correndo risco de ser soterrada, devido ao avançado processo de erosão verificado no solo do terreno onde se encontra, a adutora de água do rio Glória começou a ter parte de seu trajeto desviado na região da captação principal, no Retiro Campo Formoso. As obras, que vêm sendo realizadas pela Prefeitura de Muriaé através do Demsur, foram iniciadas na manhã de terça-feira (20) e devem ser concluídas em cerca de 30 dias.
As primeiras ações foram conferidas de perto pelo prefeito Aloysio Aquino, o vice João Ciribelli e o diretor geral do Demsur, César Bizzo. Segundo o prefeito, as obras têm o objetivo de evitar a ocorrência de um problema maior, cujo risco já existe há muito tempo e vem se agravando com o passar dos meses.
– O terreno está bastante instável, em virtude da intensa umidade do local, e cerca de 80% de Muriaé ficaria sem água por tempo indeterminado caso um deslizamento de terra soterrasse a adutora – informa Aloysio Aquino.
As intervenções estão sendo executadas pela empresa SS Serviços de Perfurações Direcionais, com sede em Joinville (SC). De acordo com o projeto, o serviço consiste na perfuração não destrutiva, em uma extensão de 250m, de um maciço de terra existente próximo à barragem do rio Glória, abrindo caminho para a instalação da tubulação do novo trecho da adutora.
– É uma técnica mundialmente conhecida e utilizada por grandes companhias de petróleo, mineração, telefonia e saneamento. Ela tem custo inferior e é de execução mais rápida do que a abertura de um túnel com estrutura em concreto armado, por exemplo – explica João Ciribelli.
Após a execução da perfuração e a instalação dos tubos de ferro fundido com diâmetro de 600mm, o Demsur partirá para a segunda etapa da obra, que consiste na interligação do novo trecho com a captação de água, finalizando o serviço.
A obra
A perfuração do maciço de terra existente próximo à represa do rio Glória é executada por um equipamento próprio para o serviço. A máquina conta com variados tipos de brocas, que jorram água para amaciar a terra e facilitar a passagem das peças. Vale lembrar que a lama que é formada é direcionada para uma “piscina” que foi aberta para esta finalidade, sem seguir para o leito do rio.
Fonte: Prefeitura Muriaé
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