Evento lembra os 10 anos da Lei Maria da Penha em Muriaé

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Na tarde desta quinta-feita (25), a Polícia Civil realizou evento em comemoração ao mês que faz 10 anos da criação da Lei Maria da Penha (11.340/2006), na Praça João Pinheiro, no centro da cidade de Muriaé. Os servidores distribuíram panfletos informativos, tiraram dúvidas e cham aram a atenção da comunidade para a efetividade da lei com relação ao deferimento de medidas em favor das vítimas.

A intenção do evento foi levar à discussão o fato de que milhares de mulheres são agredidas todos os dias por seus companheiros e até mesmo familiares e que tal crime está presente na sociedade como um todo, atingindo os mais diferentes níveis sociais, idades, raças, configurando grave ameaça à integridade física e mental das vítimas.

A Lei Maria da Penha trata da relação de gênero, na qual os autores se valem do fato de se tratar de um ser do sexo feminino, aparentemente frágil e incapaz de resistir às agressões. Eles também se aproveitam da vergonha e do medo que elas sentem, o que acaba por retardar a busca por ajuda, como é o caso de Maria da Penha Maia Fernandes, figura emblemática da violência doméstica, sofreu durante 23 anos, foi vítima de tentativa de assassinato e ficou paraplégica. Hoje em dia, ela é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres.

A lei alterou o Código Penal, possibilitando que os agressores de mulheres em âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Ela prevê medidas que vão desde a remoção do agressor do domicílio à proibição de sua aproximação da mulher agredida. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, o número de mulheres mortas dentro de casa se manteve estável desde 2006, mas seria hoje, cerca de 10% maior sem a aplicação da lei.

Durante o evento, também foi discutido o Projeto de Lei da Câmara n° 7, ou PLC 07, que dispõe sobre o direito da vítima de ter atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado, preferencialmente, por servidores do sexo feminino. Ele prevê ao delegado de polícia colocar a mulher sob imediata medida protetiva, podendo o juiz homologar ou não. De acordo com o mesmo, a medida diminuirá o risco do agressor voltar a agredir a vítima, enquanto esta espera por uma determinação judicial. Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça em 29/06/2016, o projeto foi proposto pelo deputado Sérgio Vidigal (PDT-ES) e aguarda votação no Senado.

Fonte: Danielle Bittar / Assessoria de Comunicação – 4ª DRPC/Muriaé

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