Casal é acusado de matar filho de um mês de idade por asfixia usando travesseiro no interior de MG

Homicídio foi em 2022 e na época mãe disse que a morte do menino de menos de 2 meses foi por causas naturais. Há nove dias, o casal foi preso suspeito de agressão contra a filha, que além das pernas teve a clavícula fraturada.

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Acusados do crime João Paulo Silva de Souza e Sara Silveira Gonçalves

Um casal, de 21 anos, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) pela morte do filho, um bebê de um mês e 17 dias, crime ocorrido no dia 6 de março de 2022, em João Pinheiro, região Noroeste do estado. Os dois foram indiciados por homicídio qualificado por emprego de asfixia e contra menor de 14 anos de idade, além da causa de aumento de pena em 2/3 por se tratar de ascendente, podendo a prisão ultrapassar os 40 anos.

A mãe da vítima relatou o homicídio aos policiais durante investigação de outra agressão, cometida pelo casal este ano, contra um segundo filho, de aproximadamente de 2 meses de idade. Em declarações prestadas à PCMG, a mulher contou que o primeiro filho havia sido asfixiado pelo companheiro, desmentindo o que ela havia afirmado à época dos fatos, quando disse que o bebê morreu de causa natural.

Segundo a suspeita, o crime foi cometido no momento em que o companheiro dava mamadeira ao bebê. Nervoso com o choro da criança, ele teria asfixiado o filho. A mulher contou ainda que a motivação foi agravada por uma crise de ciúme, razão pela qual ele teria amarrado os braços e as pernas dela, além de ter lhe dado um soco, o que fez com que ela desmaiasse por mais de 10 horas. Nesse momento, com um travesseiro, o suspeito teria sufocado a criança até a morte.

Durante as investigações, constatou-se que a versão apresentada pela suspeita não condizia com a realidade, e que a teria apresentado apenas para se eximir da responsabilidade do crime cometido contra o próprio filho.

O casal já possui um histórico de violência doméstica familiar, inclusive, o homem está sendo denunciado pelo Ministério Público por crime de lesão corporal em situação de violência doméstica.

Relembre o caso: PCMG cumpre mandados de prisão contra casal suspeito de maus-tratos

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em conjunto com a Polícia Militar, cumpriu no dia 24 de maio os mandados de prisão preventiva de um casal, de 21 anos, suspeitos de agredirem um bebê, de menos de 2 meses, em João Pinheiro, região Noroeste do estado. O pai já estava preso em flagrante, desde a última segunda-feira (22/5), quando foi autuado pelo crime de ameaça em contexto de violência doméstica.

Entendo caso

Na segunda-feira (22/5), a Polícia Militar foi acionada no Hospital da cidade, após uma criança de pouco mais de um mês de vida ter dado entrada na unidade, com várias fraturas pelo corpo.

Os médicos acionaram a polícia, e o casal foi encaminhado para a delegacia para os procedimentos cabíveis. Conforme informações do delegado Danniel Pedro da Conceição, responsável pela investigação, durante o depoimento, a mãe da criança revelou que os fatos ocorreram na tarde do dia 19 de maio. “Durante uma crise de cólica da criança, ela começou a chorar e o pai, bastante alterado, agrediu a criança e jogou ela no chão, por algumas vezes. Diante disso, a mulher queria chamar a polícia, mas o homem ameaçou ela de morte”, revelou.

O delegado ainda ressaltou que o casal possui um histórico de violência doméstica familiar e, inclusive, o suspeito está sendo denunciado pelo Ministério Público em relação à lesão corporal em situação de violência doméstica.

Segundo apurado, nos dias seguintes, o homem ficou em casa e, apenas na segunda-feira (22/5), saiu para trabalhar, momento em que a mãe levou a criança para o hospital. “Foi constatado que a criança possuía duas perninhas quebradas, já quase em sinal de amputação. Diversas lesões na região do rosto e nariz, e lesões já consolidadas e uma na região cervical. Ela ainda estava com dificuldade de movimentar o pescoço”, disse o delegado, acrescentando que a mãe da vítima primeiro disse que ambos agrediam a criança, mas, na sexta-feira (19/5), o responsável seria apenas o companheiro.

O suspeito foi autuado em flagrante por ameaça em contexto de violência doméstica e indiciado pelo crime de tentativa de homicídio qualificado, cuja pena pode ultrapassar os 10 anos de prisão. Ambos responderão pelo crime de maus-tratos qualificado por lesões graves.

Morte de criança

A Polícia Civil apura também as circunstâncias da morte de uma criança de um mês e 17 dias do mesmo casal. Segundo o delegado, na época dos fatos a mãe havia alegado morte natural, que a criança amamentou a noite e, quando acordaram, a criança tinha morrido. Porém, a investigada mudou a versão na última segunda-feira (22). “Ela afirmou que quem foi o responsável pela morte da criança foi o pai. Que a criança estava chorando no momento em que o suspeito dava mamadeira e que ele, nervoso, também motivado por uma crise de ciúme, teria amarrado a companheira e, com um travesseiro, teria sufocado a criança até a morte. O laudo pericial constatou que a causa da morte poderia ser asfixia mecânica, o que corrobora com a versão da mulher”, disse o delegado.

Diante do novo quadro probatório, as investigações prosseguem. “Nossa linha de investigação mudou e agora vamos apurar se ela também teve participação na condição de omissão e podendo também responder pelo crime praticado pelo marido”, concluiu.

Fonte: PCMG

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