Corregedoria investiga caso de homem que ‘trocou’ de lugar com detento em Minas

Caso teria sido descoberto no início de agosto, depois que procedimento mostrou que digital da pessoa presa não batia com a do detento

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Um caso de um cidadão que teria assumido a identidade de um detento durante seu período de pena em regime semiaberto está sendo minuciosamente investigado pela Corregedoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp). A suspeita do caso foi confirmada ao Jornal O Tempo por fontes internas da secretaria nesta terça-feira, 22 de agosto.

Segundo apurações feitas pela equipe do periódico da capital mineira, a singular troca de identidades veio à tona no início de agosto, na Penitenciária José Maria Alkimin, situada em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) teria descoberto a discrepância através de um procedimento que comparava as impressões digitais dos detentos. Somente então foi revelado que um dos reclusos não era quem afirmava ser.




No contexto do regime semiaberto, os prisioneiros têm permissão para trabalhar durante o dia e retornam à unidade prisional ao final da jornada, saindo novamente no dia seguinte. Ainda não se tem informações precisas sobre quando o detento em questão deixou de cumprir sua rotina de apresentação na penitenciária e quando o indivíduo que se passava por ele começou a ocupar seu lugar.

A Sejusp respondeu, por meio de comunicado, que imediatamente após receber informações sobre o incidente, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) iniciou uma investigação administrativa. “A condução da investigação está sob a responsabilidade da Corregedoria da Sejusp”, concluiu o comunicado.




Contudo, a secretaria ainda não respondeu às questões levantadas por nossa equipe, tais como a identificação e retorno do detento correto ao sistema prisional, a prisão do homem que usurpou sua identidade, ou se outros casos semelhantes foram registrados pelo Estado.

Alegações de tortura




Maria Tereza dos Santos, conhecida como “Dona Tereza” e coordenadora do Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade (GAFPPL-MG), revelou que, após anos de atuação na área, essa é a primeira vez que ela tem conhecimento de alguém supostamente cumprindo pena no lugar de outro.

“O que nos foi informado é que, depois de descobrirem a situação, o homem que estava no lugar do detento foi violentamente agredido. Ele teria sido submetido a tortura e, como resultado, quase perdeu a visão. Estamos empenhados em identificar os envolvidos, mas até o momento não obtivemos sucesso em localizá-los”, compartilhou Dona Tereza.




A coordenadora do grupo mobiliza a comunidade a fornecer informações, caso tenham conhecimento sobre os indivíduos relacionados ao caso, encorajando o contato com ela ou com o GAFPPL-MG.

Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo




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