Famílias de presos terão salão de espera e assistência social em Ponte Nova

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Até meados de 2016, as 1,8 mil pessoas, aproximadamente, que visitam nos fins de semana parentes presos no Complexo Penitenciário de Ponte Nova (CPPN), na Zona da Mata, terão um espaço coberto de mais de 200 metros quadrados com banheiros, fraldário, bebedouros, cadeiras e sala para atendimento de assistente social. Chamado de Núcleo de Atendimento às Famílias (NAF), o equipamento está sendo construído em terreno contíguo ao estabelecimento prisional. O CPPN foi inaugurado em dezembro de 2012, na zona rural do município, sem dispor nem sequer de um abrigo para os visitantes.

O projeto do empreendimento foi feito conjuntamente pela direção do CPPN e pelo Conselho da Comunidade na Execução Penal, responsável pela aplicação de R$ 110 mil provenientes de penas de prestação pecuniária aplicadas pela 2ª Vara Criminal e de Execução Penal da comarca.

O juiz Maycon Jésus Barcelos, responsável pela aprovação do projeto falou da satisfação em ver a ideia, já antiga, ganhando forma. “Era um compromisso meu fazer algo para ajudar familiares e amigos que visitam os presos do complexo. Estou muito satisfeito com essa parceria. Quis fazer com que este fosse o meu último ato aqui no município”, disse o magistrado que está de mudança para a Comarca de Timóteo.

Por meio de projeto aprovado na Câmara dos Vereadores, a Prefeitura de Ponte Nova doou o terreno ao Estado e assegurou o aporte de mais R$ 20 mil na forma de materiais de construção.

O prefeito Guto Malta ressalta que ser parceiro da obra era uma obrigação do município. “Amparar os familiares de presos, tratando-os com dignidade, é uma ação elementar e causa um impacto social enorme”. Malta lembra que a população da cidade já vem sendo beneficiada com o engajamento de 50 presos no trabalho de limpeza e jardinagem de espaços públicos, graças a uma parceria entre a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e a Prefeitura.

Integrantes do Conselho da Comunidade na Execução Penal e coordenadoras da Pastoral Carcerária de Ponte Nova, Maria Auxiliadora Aguiar Barros e Maria Helena Gomes foram as ‘agitadoras’ que asseguraram apoio para os trâmites técnicos e burocráticos do projeto e também a adesão dos vereadores para a doação do terreno.

“Cada um fez um pouco. No Conselho, temos vários tipos de profissionais que ajudaram com o projeto de engenharia, com o orçamento, as questões jurídicas, contábeis, etc. Todo mundo contribuiu de alguma forma”, explica Maria Helena.

Ela diz que o NAF será um fator importantíssimo de humanização na execução penal, por amenizar o sacrifício das famílias dos presos. Segundo a coordenadora da Pastoral Carcerária, por ser uma penitenciária de grande porte, o CPPN recebe presos de várias comarcas.

“Muitas famílias chegam de outras cidades na sexta-feira à tarde para fazer a visita no sábado. Acabam passando a noite ao relento, na porta da penitenciária, já que não têm dinheiro para pagar um hotel. Além disso, motoristas de táxi costumam cobrar R$ 60 numa corrida entre o Centro e a penitenciária”, resume.

É o caso Luciene Paes, moradora do município vizinho de Amparo do Serra. Ela explica que nem sempre é possível chegar a Ponte Nova no sábado de manhã, a tempo para a visitação. Para ela, que visita o marido praticamente todo fim de semana, a construção de um espaço que possa abrigar os parentes será uma grande conquista. “A gente espera no sol, na chuva e, se tiver vontade de ir ao banheiro, temos que ir no meio do mato. Vai melhorar muito”, diz.

Fonte: Seds MG

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