Guerra entre PCC e CV motivou morte de detento em presídio da região
Dois suspeitos foram condenados pela morte, ocorrida em 2023 em presídio de Juiz de Fora; dupla forjou suicídio da vítima, de 28 anos
Na última quinta-feira, 8 de maio, em sessão do Tribunal do Júri, realizada em Juiz de Fora, dois homens foram condenados a penas de 34 e de 29 anos de prisão, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e por fraude processual, ocorridos dentro da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, na cidade da Zona da Mata, na madrugada do dia 20 de julho de 2023.
Conforme narrado na denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), motivados pela guerra entre as facções Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital, os dois condenados asfixiaram um outro detento e, posteriormente, simularam um suicídio, em uma cela da penitenciária.
O conselho de sentença reconheceu a materialidade e a autoria dos crimes apontados, bem como acolheram as qualificadoras sustentadas pelo Ministério Público no sentido de que a tentativa de homicídio foi cometida por motivo torpe, pela guerra de facções, e com recurso que dificultou a defesa da vítima, com emprego de asfixia.
Processo nº 0034103-46.2023.8.13.0145
Relembre o caso – Corpo é encontrado em cela da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires
Um detento de 28 anos foi encontrado morto, na manhã de 20 de julho de 2023, em uma das celas da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, localizada em Juiz de Fora (MG). O corpo foi localizado por policiais penais durante a rotina de inspeção.
De acordo com nota divulgada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o homem havia dado entrada na unidade prisional na última terça-feira (18). A pasta informou que havia indícios de autoextermínio, embora o caso ainda esteja sob investigação da Polícia Civil.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e confirmou o óbito. A perícia da Polícia Civil esteve no local para realizar os procedimentos de praxe. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico.
A direção da penitenciária instaurou um procedimento interno para apurar administrativamente as circunstâncias do ocorrido. A Sejusp declarou que acompanhará as investigações e tomará as medidas cabíveis conforme o resultado dos laudos e apurações.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do MPMG
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