Homem é preso suspeito de estupro; sobrinha de 12 anos estaria sendo abusada desde os 4 anos
Um homem foi preso nesta sexta-feira (28) em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, suspeito de estuprar a sobrinha, hoje com 12 anos, durante oito anos. O crime veio à tona após a tia da vítima encontrar uma carta escrita pela adolescente, que detalhava os abusos iniciados quando ela tinha apenas 4 anos de idade.
A Polícia Civil, por meio da 143ª Delegacia de Polícia de Itaperuna , e militares do 29º BPM cumpriram um mandado de prisão temporária no bairro São Matheus. Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães , as investigações começaram após a descoberta da carta, na qual a vítima descrevia os abusos cometidos pelo tio.
“A adolescente relatou que o tio acariciava suas partes íntimas em diversas ocasiões desde os 4 anos. Além disso, há um vídeo gravado na casa do investigado que mostra o suspeito manuseando o órgão genital da vítima por fora da calça, reforçando a veracidade do relato”, explicou o delegado.
A polícia também identificou coações do suspeito para que a vítima não revelasse os abusos à família. No entanto, a adolescente confidenciou os crimes a amigas, que ajudaram a mobilizar as autoridades.
De acordo com o delegado, a vítima apresentou uma mudança brusca de comportamento e um forte abalo psicológico , evidenciados pelo desabafo na carta. A violência sexual, que persistiu por quase uma década, teria causado danos profundos à saúde mental da adolescente.
O suspeito, cuja identidade não foi divulgada para preservar a vítima, foi encaminhado para audiência de custódia, onde um juiz avaliará a legalidade da prisão. Após a audiência, ele será transferido para um presídio da região, onde permanecerá à disposição da Justiça.
O caso é investigado como estupro de vulnerável , crime previsto no Artigo 217-A do Código Penal, que prevê pena de 8 a 15 anos de reclusão para quem pratica violência sexual contra crianças ou adolescentes. A existência de provas materiais, como o vídeo e a carta, fortalece o inquérito.
O delegado ressaltou a relevância do apoio familiar e da coragem da vítima em relatar os abusos:
“A carta e o vídeo foram peças-chave para elucidar o crime. É fundamental que familiares estejam atentos a mudanças de comportamento em crianças e adolescentes e incentivem o diálogo para que vítimas não sejam silenciadas.”
O caso reforça a necessidade de conscientização sobre a violência sexual contra crianças e a importância de denunciar suspeitas aos órgãos competentes, como o Disque 100 ou delegacias especializadas.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1