Panificadora-escola será inaugurada dentro da Penitenciária de Juiz de Fora
A partir da próxima quarta-feira, 11/8, detentas da Penitenciária de Juiz de Fora I – José Edson Cavalieri irão aprender um pouco mais sobre o mundo da panificação.
Quarenta e cinco presas, selecionadas por meio da Comissão Técnica de Classificação (CTC) da unidade, participarão de um completo curso de fabricação de pães oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). As aulas serão realizadas dentro de uma padaria construída no interior da unidade prisional.
A padaria, que estava desativada, foi reformada e recebeu maquinário novo fornecido pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A iniciativa de reativar o antigo local partiu do secretário da pasta, Rogério Greco, que durante visita à penitenciária vislumbrou as inúmeras oportunidades de ressocialização que o espaço oferece. Foi o próprio secretário quem entrou em contato com o Senai para firmar a parceria com o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG).
A carga horária do curso é de 100 horas e as presas serão divididas em três turmas, com 15 alunas cada. As atividades educativas serão na parte da manhã, de 8h às 12h, de segunda a quinta-feira. A previsão é que a conclusão da primeira turma seja no final de outubro. Além de ganharem remição de pena, as detentas também serão certificadas e sairão da prisão com uma nova profissão.
Ao final do curso e da certificação, as quinze melhores alunas serão empregadas dentro da padaria da penitenciária. A expectativa é que sejam produzidos mais de seis mil pães por dia na panificadora-escola. Toda a produção abastecerá as duas penitenciárias do complexo de Juiz de Fora. A panificadora-escola será gerenciada pela Equipe de Produção da Penitenciária José Edson Cavalieri.
O diretor da unidade prisional, Bruno Barbosa Silva, é um dos entusiastas do projeto. Para ele, a ressocialização é fundamental para uma boa administração e para a manutenção de uma unidade prisional segura. “Esse curso e, consequentemente, a padaria serão de grande valia para a unidade. Poderemos oferecer um cumprimento da pena mais digno e humanizado para as presas, além de darmos a elas uma oportunidade de um novo aprendizado e de um curso. Todo mundo ganha com essa iniciativa, nós da direção, os servidores e toda a sociedade”.
Fonte: Fernanda de Paula / Sejusp