Polícia conclui que filho atropelou a própria mãe com a intenção de matá-la; vídeo mostra agressão em casa: ‘morre logo’

O estudante de medicina Carlos Eduardo Tavares de Aquino, de 32 anos, foi denunciado pelo Ministério Público em Campos e agora é réu por feminicídio, cinco lesões corporais culposas e por dirigir sob efeito de entorpecente.

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A Polícia Civil finalizou as investigações e concluiu que o estudante de medicina Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso, de 32 anos, teve a intenção deliberada de matar sua mãe, Eliana de Lima Tavares Cardoso, de 59 anos, ao atropelá-la em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O caso ocorreu na noite de 28 de outubro, quando Eliana trafegava de bicicleta elétrica no bairro Jardim Carioca.

De acordo com o delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pela investigação, o histórico de agressões físicas e verbais praticadas por Carlos contra a mãe foi um elemento-chave para identificar o dolo no caso.




Em um vídeo registrado dentro da casa da família, Carlos aparece insultando a mãe e dizendo: “Morre logo, sua desgraçada!”, enquanto a pressionava por uma quantia de R$ 5. As imagens, de natureza perturbadora, reforçam o padrão de violência contra a vítima.

Na noite do atropelamento, ao tentar escapar do local, Carlos Eduardo colidiu com outro carro, ferindo cinco ocupantes. Eliana, que havia sido atingida pelas costas, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.




Agora, o Ministério Público denunciou o acusado por feminicídio e por cinco lesões corporais culposas devido aos ferimentos causados aos ocupantes do segundo veículo, além de conduzir sob influência de substâncias ilícitas.

“O maior desafio foi comprovar a intenção criminosa, pois o caso inicialmente parecia ser um acidente de trânsito. Contudo, ao longo das investigações, conseguimos identificar fatores que mostram que ele agiu com intenção de matar sua mãe”, afirmou o delegado Carlos Augusto.




Entre os elementos considerados pela polícia estão o histórico de violência contra a vítima, a tentativa de fuga após o atropelamento, e o fato de o local ser bem iluminado, o que permitia que Carlos reconhecesse a bicicleta amarela característica de Eliana.

Além das evidências visuais, o histórico de uso de drogas por Carlos Eduardo no dia do crime foi confirmado: entre as 13h do dia 27 de outubro e a madrugada do dia 28, ele teria consumido cocaína e maconha.




Antes do atropelamento, ele teria solicitado dinheiro à mãe para comprar açaí e cigarros, e pegado o carro emprestado com o pai. Em seguida, dirigiu-se à comunidade Tira-Gosto, onde adquiriu mais entorpecentes. Ao retornar, ao ver a mãe em sua bicicleta, ele teria acelerado o veículo intencionalmente em sua direção, atingindo-a pelas costas.

O acusado encontra-se atualmente detido em um presídio de Itaperuna, no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.




A investigação aponta ainda que o histórico de agressões verbais e físicas sofridas pela vítima, além do desprezo demonstrado pelo acusado ao deixar o local sem qualquer gesto de socorro, reforçam a caracterização do crime como feminicídio.

Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1




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