Região receberá 30 novos radares até 2026; veja os locais

Especialistas indicam que maior número de equipamentos pode reduzir mortalidade nas estradas

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O Governo de Minas Gerais anunciou a instalação de 30 novos radares na região de Juiz de Fora até 2026, elevando o total de controladores e redutores eletrônicos de velocidade para 49 equipamentos .

Essa iniciativa faz parte de um plano estadual mais amplo que prevê a instalação de 764 novos dispositivos em todo o estado , aumentando o número atual de 536 para 1.300 radares . O investimento total na operação está estimado em R$ 313,2 milhões , com licitações já em andamento.

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Locais previstos para os novos radares

Os novos equipamentos serão distribuídos em 19 municípios da região, com destaque para Pirapetinga, que receberá nove radares, tornando-se a cidade com maior número de dispositivos na área. Juiz de Fora e Coronel Pacheco terão sete radares cada, enquanto outras cidades, como Volta Grande, Chiador e Rio Preto, também contarão com novos pontos de monitoramento.

Entre os trechos previstos estão rodovias importantes, como a BR-393 , a MG-353 e diversas vias municipais. Confira alguns dos locais selecionados:

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  • AMG-3085 (km 1) – Juiz de Fora
  • BR-393 (km 16,3) – Pirapetinga
  • BR-393 (km 16,7) – Pirapetinga
  • BR-393 (km 17,4) – Pirapetinga
  • BR-393 (km 18,5) – Pirapetinga
  • BR-393 (km 37,1) – Pirapetinga
  • BR-393 (km 37,9) – Pirapetinga
  • BR-393 (km 40,8) – Pirapetinga
  • BR-393 (km 41) – Pirapetinga
  • MG-285 (km 0) – Palma
  • MG-285 (km 0,1) – Palma
  • MG-285 (km 6,25) – Palma
  • MG-353 (km 164,4) – Rio Preto
  • MG-353 (km 166) – Rio Preto
  • MG-457 (km 36) – Santa Rita de Jacutinga
  • MG-457 (km 40) – Santa Rita de Jacutinga
  • MG-457 (km 42) – Santa Rita do Jacutinga
  • MG-126 (km 99) – Chiador
  • MGC-393 (km 21) – Volta Grande
  • MGC-393 (km 35) – Volta Grande
  • MGC-393 (km 45) – Além Paraíba
  • AMG-3070 (km 1) – Santana do Deserto
  • AMG-3075 (km 16) – Chiador
  • AMG-3085 (km 14,45) – Coronel Pacheco
  • LMG-814 (km 0) – Liberdade
  • LMG-814 (km 22) – Bocaina de Minas
  • LMG-815 (km 26) – Passa Vinte
  • LMG-815 (km 30,5) – Passa Vinte
  • LMG-866 (km 2) – Andrelândia
  • LMG-874 (km 34) – Simão Pereira

O preço estimado para o lote regional é de R$ 48,7 milhões , com a exigência de que as propostas não sejam inferiores a R$ 36,5 milhões , sob pena de serem consideradas inexequíveis.

Objetivo: Redução de acidentes e mortalidade no trânsito

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) , a instalação dos radares tem como principal objetivo reduzir o número de acidentes e promover a segurança viária. Entre 2011 e 2024 , os trechos monitorados por radares apresentaram uma queda de 77% nos índices de acidentes , passando de 22 mil para cerca de 5 mil registros .

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José Ricardo Daibert, especialista em Mobilidade Urbana e mestre em Transportes, reforça a importância desses dispositivos: “A correlação entre aumento de velocidade e gravidade dos acidentes é evidente. A cada 8 km/h adicionais , há um incremento de 4% nas mortes . Em atropelamentos, por exemplo, a chance de sobrevivência de um pedestre cai drasticamente quando a velocidade do veículo ultrapassa 30 km/h ”.

Além disso, o DER-MG ressalta que os locais escolhidos para instalação dos radares são definidos com base em estudos técnicos que avaliam o histórico de acidentes, o volume de tráfego e os níveis de risco. Após a finalização da licitação, novas análises serão realizadas para confirmar os pontos prioritários.

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Debate sobre a quantidade de radares

Embora a eficácia dos radares seja amplamente reconhecida, o número de 49 equipamentos na região levanta discussões sobre a proporção adequada desses dispositivos. Para Pablo Cardoso, presidente da Comissão de Direito de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana da OAB/JF, o volume de radares deve ser compatível com o fluxo de veículos e os índices de acidentes registrados.

“Quando uma cidade recebe muitos radares, isso pode indicar um histórico de acidentes graves ou a necessidade de implementar políticas públicas voltadas à segurança viária”, explica o advogado. Ele cita Pirapetinga , que lidera o ranking regional com nove radares, como um exemplo de município que provavelmente enfrenta desafios específicos no trânsito.

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No entanto, Cardoso alerta para a necessidade de complementar os radares com outras medidas, como educação no trânsito , melhoria da sinalização e investimentos em infraestrutura viária . “Os radares são eficazes, mas não podem ser vistos como a única solução. Um conjunto integrado de ações é essencial para garantir a segurança de motoristas, ciclistas e pedestres.”

Críticas e defesas ao uso de radares

Embora alguns críticos associem os radares à chamada “indústria da multa” , especialistas argumentam que menos de 1% dos motoristas são autuados e que as infrações geralmente decorrem do descumprimento das normas de trânsito. “O radar não pune condutas corretas; ele age como um instrumento de prevenção e controle”, afirma Daibert.

Para evitar conflitos, o DER-MG enfatiza que a instalação dos equipamentos será acompanhada de sinalização clara e campanhas educativas. Além disso, motoristas que se sentirem prejudicados por falhas técnicas ou inadequações na sinalização poderão recorrer das multas, desde que apresentem provas robustas.

Alternativas complementares à fiscalização eletrônica

Além dos radares, especialistas sugerem outras estratégias para reduzir a velocidade e melhorar a segurança viária:

  • Lombadas físicas : Eficientes em áreas urbanas e escolares.
  • Limitadores de velocidade nos veículos : Tecnologia que pode ser adotada pela indústria automotiva.
  • Projetos geométricos de indução : Alterações no traçado das vias para reduzir a velocidade natural dos veículos.
  • Sinalização vertical e horizontal : Reforço nas placas e pinturas de solo.
  • Câmeras de monitoramento em tempo real : Uso de tecnologia para identificar comportamentos de risco.

Da mesma forma, programas de educação no trânsito e campanhas de conscientização são apontados como fundamentais para mudar a cultura de direção e promover um ambiente mais seguro para todos os usuários das vias.

Fonte: Guia Muriaé, com informações da Tribuna de Minas

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