‘Rei da cachaça’ é preso em MG após ser condenado por estuprar adolescentes

Empresário de Salinas estava foragido desde junho ano passado e foi localizado em um apartamento no centro da capital mineira

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Um empresário de Salinas, no Norte do estado, denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e condenado pela prática dos delitos de estupro e estupro de vulnerável foi preso na tarde desta sexta-feira, 18 de agosto, em Belo Horizonte.

Antônio Eustáquio Rodrigues, proprietário das marcas de cachaça Seleta, Saliboa e Boazinha, estava foragido desde junho deste ano e foi localizado por policiais do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais, da Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (Caocrim) do MPMG em um apartamento no centro da capital.

O homem foi condenado, com sentença criminal transitada em jugado, pelos crimes de estupro (art. 213 do CP), por duas vezes, e por estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), a uma pena de 15 anos de reclusão, em regime inicial fechado. O mandado de prisão foi expedido pelo Juízo da 1ª Vara Cível, Criminal e de execuções Penais da comarca de Salinas.

A prisão do empresário é resultado de trabalho conjunto do MPMG, por meio do Caocrim e da 1ª Promotoria de Justiça de Salinas, além da Polícia Civil de Minas Gerais. Antônio Eustáquio será custodiado em uma das unidades prisionais do Departamento Penitenciário de Minas Gerais.

Os crimes

O caso veio à tona em agosto de 2014, quando Antônio Rodrigues foi preso sob suspeita de abusar sexualmente de um menino de 14 anos e uma menina de 15. Além disso, havia a acusação de que ele teria tentado assassinar um jovem de 18 anos. As denúncias não pararam por aí, já que um adolescente de 13 anos também procurou a delegacia para relatar um novo caso de abuso sexual.

Apesar da prisão em 2014, o empresário conseguiu obter na Justiça o direito à liberdade cerca de um mês depois, enquanto as investigações ainda estavam em andamento. As conclusões alcançadas pela Polícia Civil foram posteriormente encaminhadas ao Ministério Público, resultando na condenação do empresário pelos crimes cometidos.

A cachaça Seleta, da qual Antônio Rodrigues era sócio fundador, emitiu uma nota informando que ele está afastado das atividades de gestão da empresa devido a graves problemas de saúde. A empresa assegura que continua operando de forma regular e independente apesar dessa situação.

A defesa de Antônio Rodrigues, representada pelo advogado Maurício Campos, também emitiu uma nota em resposta à prisão do empresário. De acordo com o advogado, a prisão ocorreu durante uma visita de Antônio a parentes em Belo Horizonte, sendo cumprido um mandado de prisão para a execução da pena de 15 anos de prisão.

O advogado também destacou que o caso é passível de críticas ao Poder Judiciário. Segundo ele, Antônio foi absolvido pelo juiz da Comarca de Salinas e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que consideraram a prova confusa e contraditória. A condenação, de acordo com a defesa, decorreu de uma decisão individual de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que não estava diretamente ligado aos fatos, provas e pessoas envolvidas no caso. A defesa do empresário lamenta que essa condenação não pôde ser revertida nos tribunais superiores.
 
Fonte: MPMG

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