Pedreiro é preso por matar a ex e concretar corpo
Dulcilene da Costa Rodrigues, de 39 anos, estava desaparecida desde a última sexta. Ex-namorado é preso após confessar crime
A Polícia Militar prendeu nesta terça-feira (19) Márcio André da Silva Teodoro, de 23 anos, sob suspeita de ter matado e concretado no quintal a companheira Dulcilene da Costa Rodrigues, de 39 anos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A mulher estava desaparecida havia quatro dias, e o corpo foi encontrado após moradores desconfiarem do acusado e decidirem cavar o quintal da residência onde o casal vivia, no bairro Pilar.
O crime chocou a vizinhança e está sendo investigado como feminicídio qualificado e ocultação de cadáver. Dulcilene, que trabalhava como manicure, deixou um filho de 16 anos.
Confissão e antecedentes
Após ser abordado por policiais do 5º BPM na Central do Brasil, no centro do Rio, Márcio confessou o crime e foi encaminhado à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A prima do acusado, que o ajudou a se entregar, informou à polícia que ele já havia cometido outros crimes, incluindo estupro de vulnerável e lesão corporal seguida de morte.
Dinâmica do crime
Em depoimento, Márcio contou que matou Dulcilene após uma discussão, aplicando um golpe conhecido como “mata leão”. Na madrugada seguinte, enterrou o corpo no quintal da casa e cobriu o local com concreto e entulho para esconder o crime.
Moradores, desconfiados de seu comportamento, decidiram cavar o quintal e encontraram o corpo. Uma vizinha relatou que o acusado, em momentos de embriaguez, já havia afirmado ter matado um homem anteriormente.
Aumento dos feminicídios no RJ
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), os casos de feminicídio cresceram 8% em 2024, com 107 mulheres assassinadas no estado até o momento — quatro delas apenas em Duque de Caxias. O aumento acende um alerta sobre a escalada da violência contra mulheres no Rio de Janeiro.
Márcio André ainda aguarda audiência de custódia, que deve acontecer em até 24 horas após a prisão. Se condenado, pode pegar até 40 anos de prisão.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Globo