Candidato desiste de recurso que poderia mudar vaga na Câmara de Muriaé

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O candidato a vereador Maicon Bruno de Oliveira (PP), mais conhecido como Maicon da Cadeira, recebeu 711 votos durante a votação do último dia 2 de outubro. Os votos ficaram sob-júdice, já que o candidato concorreu com registro indeferido mas com recurso, ou seja, teve a candidatura rejeitada e recorreu.

Embora não tenha sido diretamente eleito, os votos recebidos por Maicon da Cadeira poderiam mudar as vagas dos candidatos eleitos para a Câmara Municipal de Muriaé. Devido o coeficiente eleitoral, seus votos poderiam ajudar Jair Abreu (PT), que tentava reeleição, a prosseguir na Casa, por outro lado tirariam Forim (PTN), que foi eleito justamente por conta do coeficiente eleitoral. Só que o candidato Maicon da Cadeira, surpreendentemente, desistiu do recurso que movia na justiça e com isso o cenário deverá permanecer inalterado. A desistência provocou a ira em diversos eleitores, tanto do próprio candidato quanto de apoiadores de Jair Abreu.

Pelas redes sociais, Maicon da Cadeira foi cobrado a se pronunciar sobre o fato e emitiu um comunicado, no qual afirmou ter procurado a justiça após ter seu registro de candidatura indeferido, porém sem esclarecer porque desistiu do recurso. “Procurei meus direitos sozinho, sem qualquer ajuda, sem qualquer participação do partido. Procedimentos burocráticos/administrativo foram realizados, todos sem êxito. Quando tomei conhecimento de possível recurso junto ao TRE-MG, contei com a ajuda de alguns advogados amigos nos quais me orientaram dos riscos do mesmo, bem como, acerca de minha ‘pequena’ chance de provimento do recurso. De forma honesta, consciente do risco do não provimento do recurso, competi às eleições e obtive através da confiança de meus eleitores, meus 711 votos fieis. Recebi visitas de inúmeros interessados no prosseguimento do meu recurso, inclusive, apoio de pessoas desconhecidas e que nunca me apoiaram. Oferecendo inclusive, ajuda financeira para o prosseguimento do recurso. Por que tanta preocupação com meus votos, se antes, ninguém me ofereceu ajuda? Por que ninguém me procurou para ajudar a ‘limpar meu nome’ na justiça eleitoral? Tamanha estranheza. É fácil perceber o interesse de algumas pessoas em denegrir a imagem de um candidato honesto, que contou com poucos recursos e ajuda do partido”, disse.

Também em nota, o presidente do PP Muriaé e deputado federal Renzo Braz se manifestou sobre o caso. “A Comissão Executiva do PP Muriaé vem a público esclarecer que a desistência do recurso eleitoral aviado pelo candidato a vereador Maicon da Cadeira para validação de sua candidatura e dos 711 votos obtidos no pleito de 2016 foi uma atitude isolada e unilateral do candidato, sem qualquer aprovação do PP Muriaé. O PP Muriaé expressa sua discordância com a atitude, vez que o colegiado partidário a considera desprovida de qualquer fundamentação razoável, posto que adotada em claro prejuízo à coligação PP/PT e esclarece que todas as medidas pertinentes serão empreendidas em defesa dos interesses das agremiações partidárias envolvidas e, sobretudo, em defesa da democracia”, afirmou.

Geovane Lacerda, que faz parte do diretório do PT em Muriaé, comentou sobre a nota de Maicon da Cadeira, afirmando que constam várias inverdades na mesma. “Primeiramente, não é verdade que o candidato Maicon da Cadeira procurou seus direitos sozinhos, sem ajuda de seu partido, pois a coligação a qual ele participava não só disponibilizou advogados para defendê-lo, como a própria coligação foi quem contratou e pagou os advogados que aviaram seu recurso, basta consultar os próprios advogados, nomes disponíveis no processo. As chances de provimento do Recurso eram enormes, bem como o candidato não comunicou a seus eleitores do fato, se sábia que as chances eram mínimas, porque afirmava para todos que podiam votar nele que seu caso já estava resolvido? Não há custas na Justiça Eleitoral, ou seja você não precisaria de recursos financeiros para aguardar o recurso, você precisou de recursos financeiros foi para contratar uma advogada, e custear a ida dela a BH para renunciar ao recurso, ou seja, ficou mais caro paralisar o recurso do que deixá-lo prosseguir. Por sim, se seus argumentos são a falta de recurso financeiros, quem pagou a Advogada contratada para parar o recurso em detrimentos dos advogados que já estavam no processo pagos pela coligação? Quem custeou a ida dela a BH vez que você afirma que não tem dinheiro?”, discursou.

Por fim, Paulo Sérgio Amaral, presidente da OAB-Muriaé e membro do PP Muriaé, afirmou que a coligação está avaliando as providências cabíveis. “Como membro do PP Muriaé e também Advogado e professor de Direito, me sinto no dever legal e moral de esclarecer aos muriaeenses que nosso partido não compactua com a atitude do candidato a vereador Maicon da Cadeira ao desistir de um recurso em manifesto prejuízo ao candidato da Coligação PP/PT, o vereador Jair Abreu. Nosso partido já está atuando no sentido de avaliar a possibilidade de prosseguimento do recurso, vez que a desistência foi um ato isolado do candidato e sem prévia consulta ao seu diretório municipal e à sua coligação”, informou.

Por enquanto, seguem confirmados os 17 vereadores para a legislatura 2017-2020.

Fonte: Guia Muriaé

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