Após recorde de mortes em único dia, Minas Gerais tem mais 30 óbitos por covid-19

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Minas Gerais registrou nessa quinta-feira (18) o recorde de mortes por coronavírus em um único dia. Foram 52 óbitos. Já nesta sexta-feira (19), foram registradas mais 30 mortes.

O Governo de Minas considera que o Estado está passando pelo pico de mortes por covid-19. Na segunda-feira (15), o boletim registrava um total de 481 mortes pela doença. O boletim de hoje confirma que 600 pessoas já morreram em decorrência da doença no Estado.

Secretário de Saúde reforça a necessidade do isolamento e distanciamento social no estado

Durante coletiva virtual realizada na tarde desta quinta-feira (18/6), o secretário de estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, juntamente com o Governador do Estado, Romeu Zema, apresentaram a situação da Covid-19 e reforçaram sobre a importância das medidas para a contenção da doença. Na ocasião, também participaram o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, e o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

Ao apresentar os dados do boletim epidemiológico da Covid-19 em Minas, Carlos Eduardo Amaral manifestou, mais uma vez, a preocupação com a pandemia em Minas Gerais. “Hoje temos 24.906 casos confirmados, 10.658 em acompanhamento e 570 óbitos confirmados para a Covid-19. No início da epidemia, para cada 100 exames que fazíamos, tínhamos 2 ou 3 casos positivos. Isso dava para inferir que, de forma global, dos casos notificados por gripe ou das pessoas com quadro gripal no estado teríamos 2% ou 3% de casos positivos ou pessoas que pudessem estar efetivamente com a Covid-19. Esse quadro veio mudando ao longo do tempo de forma que hoje estamos com 39% de casos positivos quando os exames são realizados. Isso significa que, a chance de uma pessoa com quadro gripal no estado ter a Covid-19 está próxima de 39%”, explica.

Diante disso, o secretário reforçou a importância do isolamento adequado. “Nós precisamos usar as máscaras, lavar mãos, tomar cuidado para não levar as mãos ao rosto, usar álcool em gel, ou seja, isso é que vai trazer, efetivamente, um controle da nossa epidemia e que vai preservar vidas no estado de Minas Gerais. Agora é o momento de todo cidadão reavaliar o seu comportamento e diminuírem as saídas de casa, se atentar para as medidas de proteção”, frisa.

Ainda, conforme o secretário, ao longo desse tempo, a SES e o governo de Minas fizeram esforços para ampliar a assistência. “No início de fevereiro tínhamos 2.013 leitos de UTI na rede pública de saúde. Hoje contamos com 2.964 leitos e, ainda esta semana, ampliaremos mais 23 Unidades de Terapia Intensiva na Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). Isso representa um aumento, em 4 meses, de 900 leitos, e 48% a mais do que o número inicial. Isso mostra que, efetivamente, conseguimos ampliar a capacidade assistencial do estado para o enfrentamento da pandemia”, complementa.

Durante o seu pronunciamento, o governador Romeu Zema demonstrou preocupação com o aumento dos casos no estado e reforçou a importância de se manter as medidas de prevenção à Covid-19. “De modo geral, o estado não está em uma situação confortável, mas algumas regiões estão em uma situação dramática em termos de crescimento de casos. E quando os casos começam a crescer de forma exponencial, não há sistema de saúde que dê conta. Há um mês tínhamos 7% das Unidades de Terapia Intensiva ocupadas e, hoje, o número é o dobro, 14%. Sabemos que essa trajetória ascendente, não pode continuar como está. Sob pena de que, em um mês, possamos ter um estrangulamento do sistema de saúde, apesar de todos os esforços que fizemos”, aponta.

De acordo com o governador “há 90 dias, tomamos as primeiras medidas para conter a epidemia e, desde então, estamos estruturando e robustecendo nosso sistema de saúde. Aumentamos, em muito, os leitos UTI, adquirimos respiradores, temos um hospital de Campanha preparado, mas o crescimento está nos causando grande desconforto. Faço aqui um apelo a todos os mineiros e, principalmente, aos prefeitos para que façam tudo o que estiver ao alcance, caso contrário, poderemos ter alguma medida mais drástica em determinada região do estado”, acrescenta.

Em complementação, o presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG), Sérgio Gusmão, reforçou o apoio do estado a micro, pequena e média empresa para o fortalecimento da economia e garantia de empregos durante o período da epidemia. “Hoje atingimos a marca de três meses desde o lançamento do primeiro programa emergencial, dentro do período da pandemia, o Pró-Saúde, para micro, pequena, médio e grandes empresas de 38 ramos de atividades do setor da saúde. Batemos também um recorde histórico de desembolso nominal em todas as faixas e setores, chegando a quase R$ 450 milhões e para micro e pequenas empresas de R$ 60 milhões de desembolso em um único mês. Buscamos com isso trazer liquidez para as empresas que estão enfrentando esse período tão desafiador. Teremos um ano recorde de desembolso para micro e pequenas empresas, elas são responsáveis por 60% dos empregos em nosso Estado”, conclui.

Minas Consciente

Atualmente, 148 municípios aderiram ao Minas Consciente. Esse quantitativo soma cerca de 3,5 milhões de habitantes que estão junto ao programa. As ondas, indicadas por cores, identificam os municípios que possam avançar ou regredir nas medidas de isolamento.

Em relação às orientações aos municípios, Carlos Eduardo Amaral destacou o diálogo constante entre o Governo do Estado e os gestores municipais. “Há aproximadamente 15 dias, estamos nos reunindo com as secretarias municipais de saúde e prefeitos de várias regiões do estado, alertando para alguns lugares em que houve aumento da taxa de transmissão e redução do isolamento. O acompanhamento é diário e, por meio do Minas Consciente, damos sinalizações claras do que está acontecendo e do que a SES entende ser o melhor isolamento. Todas as possibilidades estão sobre a mesa e, dentro dessas, temos a possibilidade de ter lockdown em alguma região ou alguma cidade, se observarmos que está tendo descontrole na transmissão da doença”, pontua.

Em complementação, o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, tendo em vista os dados epidemiológicos da SES-MG, os estudos que são realizados, as estatísticas, os critérios técnicos e científicos, algumas regiões do estado regrediram nas ondas do Programa Minas Consciente. “Tivemos o retorno da macrorregião centro, composta por 101 municípios, à onda verde. E, também, o retorno da região norte, que conta com 86 cidades, à onda branca. É importante ter em mente que, tão importante quanto o município fazer a adesão ao programa é que ele, de fato, fiscalize e cumpra todas as orientações que o programa oferece. O Minas Consciente veio ajudar aos prefeitos a tomarem as decisões corretas e de forma consciente, mantendo o isolamento, no enfrentamento da pandemia”, explica.

Abastecimento de anestésico e relaxantes musculares para pacientes internados.

Em relação a falta dos medicamentos em hospitais do estado, Amaral informou que essa dificuldade de abastecimento é vivenciada não só por Minas, mas pelo brasil. “Na Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) ainda temos medicamentos, mas estamos tendo dificuldade para novas aquisições. Estamos acompanhando e tentando medidas para solucionar essa situação.

De acordo com Amaral, a SES, juntamente com as demais secretarias do país, estamos fazendo um grupo com o objetivo que, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) ou Ministério da Saúde (MS), a importação desses medicamentos. “Buscamos com isso suprir o mercado interno e os estados consigam distribuir os medicamentos. Como o MS está muito próximo do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), temos uma chance real do abastecimento pleno desses medicamentos. Mas, neste momento, ainda não temos uma definição sobre o êxito dessa compra mais ampliada e quando essas unidades chegarão”, explica.

Teste saliva

Ao responder aos questionamentos sobre testagem, o Secretário reforçou que avaliam diariamente como melhorar os resultados. “Estamos em fase avançada de validação sobre o uso da saliva para testagem da Covid-19. Precisamos ter um número de exames suficientes para termos a qualificação dos dados de forma que possamos transformar isso em políticas públicas. O uso de saliva será muito útil para o estado. Hoje temos quantidade de exames realizados e temos a possibilidade de ampliar a testagem. Neste momento, temos a intenção de ampliar a testagem no combate e na restrição da disseminação da doença”, explica.

Fonte: Guia Muriaé, com informações da SES-MG

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