Jovem queimada viva foi morta após fugir de cárcere privado, mantido pelo namorado

De acordo com a Polícia Civil, o homem, de 40 anos, vinha extorquindo a família da moça

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Layze Stephanie era mãe de duas crianças, de 3 e 6 anos; suspeito de homicídio foi preso
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu que a jovem de 21 anos encontrada esfaqueada e incendiada, no dia 19 de fevereiro, na rodovia BR 040, entre os municípios de Pedro Leopoldo e Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, teria morrido após fugir de cárcere privado onde era mantida pelo namorado, de 40 anos, que tentava extorquir a família dela. O homem foi preso em flagrante.

A vítima foi encontrada por um caminhoneiro, que chamou por socorro e acionou a Polícia Militar na data dos fatos. A jovem ainda tentou comunicar as testemunhas sobre o ocorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O suspeito foi preso em flagrante no dia seguinte por policiais militares e apresentou identidade falsa. Já no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), para onde foi encaminhado, ele apresentou novo nome falso. Em levantamentos conjuntos com as polícias Militar e Federal, a PCMG chegou ao verdadeiro nome do suspeito.

Conforme revelou a chefe do DHPP, delegada Alessandra Wilke, o suspeito tem extensa ficha criminal e passagens por diversas localidades sob diversos nomes. “Depois que descobrimos sua real identidade, encontramos registros dele com diversos documentos diferentes no Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e até mesmo no Paraguai”, contou.

“Importante salientar que ele tinha como característica se relacionar com mulheres de forma possessiva e buscando alguma vantagem. Antes de vir para Minas, por exemplo, obtivemos informações de que ele havia saído do Rio de Janeiro possivelmente após a ex-namorada descobrir sua identidade”, completou a delegada, adiantando que as mulheres que visava eram quase sempre novas, atraentes e tinham boas condições financeiras.

Relacionamento

Segundo o delegado Lucas Daniel Alves Nunes, responsável pelo inquérito policial, a Polícia Civil encontrou indícios de que desde o início do relacionamento com a vítima, ele já premeditava obter vantagem financeira sobre ela.

“Eles se conheceram em janeiro. A vítima morava no bairro Pindorama, na capital, e o suspeito logo se aproximou da família, sondando os bens pecuniários dos parentes dela e se voluntariando para cuidar dos filhos da vítima, problemas com vizinhos, entre outras intermediações”, esclareceu o delegado.

Contudo, conforme os levantamentos da equipe da 6ª Delegacia Especializada em Investigação de Homicídios Noroeste, o investigado já vinha acumulando dívidas com pessoas envolvidas com a criminalidade quando, então, começou a pedir empréstimos abusivos para a família da namorada.

“Ele pedia valores em torno de R$ 40 mil, que a família não tinha condições de fornecer. É quando ele começa a privar a liberdade da vítima e a ligar para os parentes para pedir dinheiro, ficando mais agressivo”, explica Lucas Alves.

Sequestro e execução

Perto do dia 14 de fevereiro, a vítima é vista pela última vez em casa e fica sem contato com a família. Durante esse período, o suspeito exigiu novas quantias dos parentes, que não tinham como atender às exigências. “As investigações revelam que no dia 19 de fevereiro a vítima sofreu ferimentos cortantes. Depois ela é incendiada ainda com vida. Com o corpo em chamas, ela vai até a rodovia BR 040, onde o caminhoneiro a localiza”, descreve o delegado. “Importante dizer que as motivações nesse caso são múltiplas. Havia sim o intento patrimonial, mas há que se considerar também a relação de posse e objetificação feminina que o suspeito mantinha para com a vítima, além da ocultação da real identidade dele, a qual a jovem conhecia”, conclui.

Após a prisão em flagrante do investigado, a Polícia Civil ouviu 15 pessoas e esclareceu as circunstâncias, quais eram as documentações falsas fornecidas pelo suspeito e a real motivação do crime, em um inquérito com mais de 360 páginas.

Fonte: PCMG

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