MG confirma mais uma morte por dengue em 2025
Nova vítima foi registrada em Itapagipe, no Triângulo Mineiro
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou nesta quarta-feira (12 de fevereiro) a terceira morte por dengue no estado em 2025.
A vítima é uma mulher com idade entre 40 e 49 anos, residente em Itapagipe , no Triângulo Mineiro. Segundo a SES-MG, ela apresentava comorbidades que agravaram o quadro da doença. Os outros dois óbitos registrados anteriormente também foram de mulheres, ambas na faixa etária de 80 anos, residentes em Iturama e Uberlândia , municípios da mesma região.
Situação epidemiológica da dengue
De acordo com os dados mais recentes divulgados pela SES-MG, Minas Gerais acumula 30.202 casos prováveis de dengue desde o início do ano. Além dos três óbitos confirmados, outros 22 estão sob investigação , e 388 casos são considerados graves ou com sinais de alarme . O estado enfrenta um cenário preocupante, especialmente com o retorno do sorotipo 3 da dengue , ausente no Brasil há 17 anos e que agora representa um risco elevado à população, já que poucas pessoas possuem imunidade contra esse tipo específico.
Outras arboviroses
Além da dengue, outras arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti também estão sendo monitoradas:
- Chikungunya: Uma morte foi confirmada, e outra está em investigação. O estado registrou 2.641 casos prováveis da doença.
- Zika: Foram notificados 12 casos prováveis , sem registro de óbitos até o momento.
Cidades com maior incidência
As cidades de Uberaba e Uberlândia , no Triângulo Mineiro, lideram o ranking de casos prováveis de dengue no estado:
- Uberaba: 2.800 casos prováveis.
- Uberlândia: 2.037 casos prováveis.
Uberlândia também se destaca como o município com o maior número de casos prováveis de chikungunya , totalizando 1.501 diagnósticos .
Preocupação com o sorotipo 3
O ressurgimento do sorotipo 3 da dengue após 17 anos é motivo de especial atenção das autoridades de saúde. Este tipo de vírus pode causar complicações graves, especialmente em uma população que não possui imunidade prévia. Durante o período de Carnaval, quando aumenta a circulação de pessoas e as aglomerações típicas de festas e blocos de rua, o risco de disseminação da doença cresce significativamente.
“O Carnaval é sempre um momento de alerta para a propagação de doenças. Este ano, a preocupação é com o sorotipo 3 da dengue. Se houver a chegada de turistas infectados com esse tipo e mosquitos circulando, esses vetores poderão picá-los e ampliar a transmissão da doença. Por isso, o controle do vetor é fundamental”, destacou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti .
Estratégias de prevenção
Para combater o avanço das arboviroses e reduzir o risco de novos surtos, a SES-MG intensificou suas ações de prevenção e controle do Aedes aegypti . Entre as medidas adotadas estão:
- Uso de drones: Ampliação do monitoramento de áreas com maior índice de infestação do mosquito.
- Treinamento de equipes de saúde: Capacitação para identificar e tratar precocemente casos graves, evitando mortes.
- Campanhas educativas: Alertas sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito, como recipientes com água parada.
As autoridades reforçam que a colaboração da população é essencial para evitar novos casos. “Todos devem verificar suas casas e quintais, eliminando qualquer foco do mosquito. É uma responsabilidade coletiva”, afirmou Baccheretti.
Recomendações para o Carnaval
Com o aumento esperado de turistas durante o Carnaval, as autoridades pedem atenção redobrada:
- Turistas: Quem viaja para Minas Gerais deve usar repelentes, manter portas e janelas protegidas com telas e evitar exposição desnecessária ao mosquito.
- Moradores locais: Redobrar os cuidados com a limpeza de ambientes e a eliminação de criadouros do Aedes aegypti.
- Sintomas: Em caso de febre alta, dor de cabeça, dor muscular ou manchas na pele, procurar atendimento médico imediatamente.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo