Operação prende policial e integrantes de quadrilha acusada de assaltos em rodovias da região

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou na manhã de sexta-feira, 5 de março, a segunda fase da operação Carga Pesada, cujo objetivo é desmantelar uma organização criminosa interestadual apontada como responsável por assaltos armados e roubo de cargas em rodovias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Foram realizadas ações nos municípios de Leopoldina e Barbacena. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva. Um dos presos é policial militar no estado do Rio de Janeiro. O homem apontado como líder da organização criminosa ainda não foi encontrado, e diligências continuam a ser realizadas com o objetivo de cumprir mandado de prisão. Até o momento, quatro pessoas foram denunciadas à Justiça, todas com prisão preventiva decretada.

Foram apreendidos quatro celulares, uma capa de colete balístico, duas bases carregadoras de rádio HT e diversos documentos e materiais de interesse investigativo. Além disso, foram recolhidas duas armas de fogo pertencentes a um dos representados.

A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional da Zona da Mata, em conjunto com as Promotorias de Justiça Criminais de Leopoldina, Polícias Militares de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, Polícia Civil de Minas Gerais e Polícia Rodoviária Federal.

Segundo o promotor de Justiça do Gaeco Zona da Mata, Breno Costa da Silva Coelho, a organização criminosa denunciada apresenta as seguintes características:

1) cometimento dos delitos durante os deslocamentos em estradas e rodovias;

2) utilização de, no mínimo, dois veículos, um para abordagem e outro responsável pela segurança das ações criminosas e pelo transbordo das cargas roubadas (sendo comum o uso de veículos clonados);

3) utilização de estratégias e vestimentas que dificultam a identificação dos envolvidos, geralmente violentos e fortemente armados;

4) pagamento de valores aos funcionários das empresas alvos, para obtenção de informações privilegiadas sobre valores transportados, rotas e horários das viagens;

5) ligações com policiais objetivando o sucesso da empreitada criminosa, valendo-se de informações privilegiadas e de “histórias de cobertura”, de modo a desviar a atenção das autoridades;

6) emprego de armas de fogo, materiais e tecnologia de ponta para a execução dos delitos, tais como bloqueadores de sinal, rastreadores veiculares etc.

O nome Carga Pesada refere-se a um dos mais importantes meios de transporte terrestre nacional.

Fonte: Gaeco Regional da Zona da Mata