Programas do SENAR estimulam gestão e qualidade em propriedades da região

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Pelo menos 90 pessoas estão começando a participar dos programas Negócio Certo Rural (NCR) e Gestão com Qualidade em Campo (GQC), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Minas), em Carangola, Faria Lemos, Manhumirim e Rio Piracicaba. Em Manhuaçu, uma turma concluiu o GQC neste mês. Participantes destacaram a presença do SENAR na região e o oferecimento da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café, uma iniciativa inédita no estado.

O GQC é voltado para quem deseja investir em gestão e qualidade nas propriedades rurais, ampliando a visão empresarial do produtor. “Fazer com que eles enxerguem a necessidade de mudar a realidade nos processos gerenciais da propriedade e com foco na obtenção da qualidade”, complementou o instrutor Claudeci Rigueira de Sousa.

Cada turma é composta por 20 pessoas, duas por propriedade. “O trabalho em Manhuaçu foi muito interessante devido ao fato de que muitos já haviam participado do NCR. Eles consideraram uma continuidade do que aprenderam anteriormente”, avaliou Claudeci.

O casal Hellen Cristina Prata de Oliveira e Adriano Corrêa Batista esteve entre os 20 participantes, que tinham em comum a cafeicultura. Hellen decidiu ajudar no negócio do pai. A propriedade de cerca de 30 hectares está na família há muito tempo. “Foi do meu bisavô, passou para o meu avô e chegou ao meu pai. Resgatamos a história da propriedade e descobrimos que o meu bisavô foi o segundo dono do terreno ainda no início de Manhuaçu”, contou.

Para os dois, formados em Física, esta foi uma oportunidade de adquirir conhecimento técnico e de gestão para lidar com a lavoura. Ao estudar sobre o café, a região, a topografia, eles perceberam que o negócio poderia ser ampliado. Hoje há 30 mil pés de café, mas a pretensão é dobrar essa quantidade e recuperar a propriedade.

“Começamos uma nova atividade, mas não partimos do zero. Temos o apoio do SENAR e de profissionais capacitados para nos orientar nesta caminhada. Também estamos fazendo cursos online sobre gestão, agricultura de precisão e sustentabilidade. Sentimos essa necessidade de organização e conhecimento”, destacou o doutorando Adriano.

Hellen confirma esse pensamento. “Temos tido um crescimento intelectual e uma transformação surpreendente. Tudo isso vai contribuir para a propriedade se desenvolva ao longo dos anos. Ter esse contato com pessoas que conhecem outras situações e possibilidades complementa todo o processo”.

Assistência Técnica e Gerencial

Hellen e Adriano também participam do programa AT&G Café, desenvolvido na Região das Matas de Minas. No total, 300 cafeicultores recebem visitas dos 10 profissionais do programa. A proposta é que os técnicos auxiliem os produtores na gestão das propriedades e na adequação tecnológica.

As propriedades beneficiadas ficam em 23 municípios: Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Araponga, Caiana, Caputira, Carangola, Durandé, Espera Feliz, Imbé de Minas, Inhapim, Luisburgo, Manhuaçu, Manhumirim, Martins Soares, Matipó, Pedra Bonita, Reduto, Santa Margarida, São Domingos das Dores, São João do Manhuaçu, São Sebastião do Anta, Simonésia e Ubaporanga.

De acordo com o supervisor dos técnicos, Daniel do Prado, os profissionais foram apresentados aos produtores em reuniões na segunda quinzena de novembro de 2016, quando as visitas também foram definidas. As idas às propriedades cafeeiras são mensais e têm duração de quatro horas. Cada técnico visitará mensalmente cerca de 30 produtores por, no mínimo, dois anos.

“O técnico trata tanto sobre assuntos técnicos de melhor condução dos tratos culturais da lavoura quanto na gestão de todo processo na propriedade cafeeira, apurando os custos e receitas de forma a gerar indicadores que, quando apresentados aos produtores, servem para facilitar as tomadas de decisão”, explicou.

A metodologia está fundamentada em cinco etapas: diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional complementar e avaliação sistemática de resultados. “O AT&G busca oferecer aos cafeicultores a possibilidade de tomar decisões dentro de um leque de opções sugeridas pelo técnico, considerando os custos para o produtor”, disse a gerente regional do SENAR Minas em Viçosa, Silvana Novais.

Negócio Certo Rural

O NCR tem o intuito de contribuir para a melhoria da gestão da propriedade rural por meio da capacitação do produtor, tendo como foco o empreendedorismo. Além do diagnóstico da propriedade e identificação de novas ideias de negócios, o NCR ainda inclui outras etapas que auxiliam o participante a organizar e gerenciar a atividade rural, identificando inadequações e potencialidades.

Cabe ao participante verificar se a nova ideia ou a atividade principal da propriedade pode ser lucrativa e trazer melhoria da qualidade de vida para ele e a família, além de construir o plano de negócio. O produtor deverá, ainda, realizar o planejamento, a organização, o controle e a avaliação dos resultados do negócio rural. Com carga de 46 horas, o programa conta com 40 horas de treinamento e seis de consultoria.

Fonte: SENAR MG

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