Romeu Zema toma posse e pede pacto para Minas Gerais

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Foto: Manoel Marques/Imprensa MG
O governador Romeu Zema e o vice-governador Paulo Brant tomaram posse nesta terça-feira (1), em cerimônia realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Em seu primeiro discurso oficial como chefe do Executivo do Estado, Zema destacou que a prioridade da atual gestão será a austeridade.

Diante do grave quadro de crise financeira, ele convocou todos os mineiros a firmar um “Pacto por Minas” para que seja possível, com um modelo de gestão diferente e mais eficiente, atender às demandas da sociedade, regularizar repasses aos municípios e garantir os direitos dos servidores.




“Estamos em um ponto de virada, em que Minas e os mineiros carecem de respeito e responsabilidade. E será respeitando as leis, a liberdade, os recursos públicos e as pessoas que nosso Estado poderá ser novamente respeitado. Precisaremos de paciência, persistência e, principalmente, união. União em torno de um mesmo projeto. União de todas as forças, poderes e pessoas pelo futuro de nós, mineiros. Este deve ser o ideal que nos unirá nos próximos anos”, afirmou.

“Deixo aqui o convite de assinarmos, juntos, um acordo tácito pelo bem de Minas Gerais, pelo espírito público que nos une, pela forma republicana de se fazer política. Um “Pacto por Minas Gerais”, com a união de todos os Poderes: Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Executivo, imprensa, federações, entidades representativas de classes e da sociedade mineira”, enfatizou.




O governador disse, ainda, que será preciso um esforço conjunto, independentemente de ideologias, para superar os desafios. “O espírito público deve ser exaltado. É esse espírito, independentemente de partido ou posição ideológica, que deve guiar os representantes do povo mineiro. É esse espírito público, da coletividade, que nos trouxe até aqui. E é com ele que os mineiros contam para sairmos do grave momento de crise que vivenciamos”, afirmou Romeu Zema, lembrando que foi com esse sentimento que deixou a direção do Grupo Zema para aceitar o desafio de gerir o Estado.

“Nunca havia concorrido a um cargo público. Passar por uma campanha eleitoral nunca esteve nos meus planos de vida. Mas, após muita reflexão, aceitei o convite do Partido Novo para ser candidato ao governo de Minas Gerais, por entender que as pessoas de bem não podem se eximir da responsabilidade perante a sociedade em que se vive”, pontuou.




O governador também avaliou que sua posse representa o desejo de mudança no modelo de administração do Estado. “O resultado das últimas eleições significou para alguns uma surpresa, mas quero afirmar aqui que o eleitor não dá recados. Ele decide. E decidiu, nas urnas, realizar uma reforma política que há tempos as ruas pedem, mas que até então não havia sido colocado em prática. E demonstrou que deixará para trás aqueles que insistem nas práticas do passado. Esse voto significa uma escolha por um novo modelo de exercício da política”. O governador deixou claro que a “primeira e mais fundamental atitude a ser tomada é a de reduzir despesas, cortando na carne”.

Transparência




Em seu pronunciamento, o governador Romeu Zema disse ainda que irá dialogar com todas as regiões do Estado, cada uma com demandas históricas e urgentes, com o objetivo de avançar promovendo “maior prosperidade e um melhor ambiente para quem trabalha e quer trabalhar”.

Zema assume o Estado diante de um quadro de dificuldades, com previsão de déficit nas contas correntes que pode chegar a R$ 30 bilhões em 2019 e superar os R$ 100 bilhões se nada for feito nos próximos anos.




“Passaremos por tempos difíceis, em que reformas administrativas e fiscais terão de ser levadas adiante, para que os servidores possam receber os seus salários conforme determina a lei, o mais tardar até o 5º dia útil do mês seguinte. Para que as prefeituras possam voltar a receber os valores que têm por direito, e para que possamos ter condições de investir no que deve ser as prioridades do Estado, que são: segurança, saúde, educação e infraestrutura”, concluiu.

Depois de ouvir a proposta de gestão do Estado, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado estadual Adalclever Lopes, garantiu que a nova administração pode contar com os trabalhos dos parlamentares para aprovar medidas de austeridade.




“Este Parlamento está pronto para continuar exercendo suas responsabilidades, atuando como interlocutor da sociedade. Pode ter certeza, senhor governador, que aqui Vossa Excelência encontrará uma Assembleia Legislativa parceira. Aqui convivem, histórica e democraticamente, membros dos mais diversos partidos, expressando as mais variadas posições ideológicas. Confiamos que teremos um futuro melhor, com Minas Gerais sob um comando novo, eleito pela maioria da população do estado”, afirmou.

Cerimônia




O governador Romeu Zema chegou à Assembleia Legislativa acompanhado pelo vice-governador Paulo Brant na manhã desta terça-feira, onde foram recepcionados por uma comitiva de prefeitos, deputados e demais autoridades do Estado. Já no plenário, entregaram suas declarações de bens, firmaram o compromisso constitucional e assinaram o termo de posse. Na sequência, Zema recebeu o Grande Colar da Inconfidência, a maior honraria do Estado, que simboliza a transferência do cargo de governador de Minas Gerais.

Presenças




Também compareceram à cerimônia de posse na Assembleia Legislativa o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Nelson Missias de Morais; o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Antônio Sérgio Tonet; o defensor público-geral, Gério Patrocínio Soares; o prefeito de Belo Horizonte em exercício, Paulo Lamac; o comandante da 4ª Região Militar do Exército, general de divisão Henrique Nolasco; a presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nely Aquino; o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Cláudio Couto Terrão, o terceiro-secretário da Assembleia Legislativa, Arlen Santiago, além de prefeitos, deputados, membros da nova gestão, dentre outras autoridades e populares que fizeram questão de acompanhar a solenidade.

Biografia




Natural de Araxá, cidade do Triângulo Mineiro, Romeu Zema, 54 anos, é pai de dois filhos. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (SP), iniciou sua trajetória profissional bem cedo, aos 11 anos, seguindo os passos de seu pai. Ao longo de sua carreira, atuou em diversas funções, como cobrador, frentista, balconista, estoquista, caixa, comprador, vendedor, analista de marketing, analista comercial e gerente.

Em 1991, assumiu o controle das Lojas Zema e foi responsável pelo salto que levou a rede varejista de apenas quatro unidades em Minas Gerias a atingir a marca de 430 lojas, incluindo os Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo.

Apaixonado por gestão e desenvolvimento de pessoas, incentivou práticas que se refletem na presença do Grupo Zema no ranking das “Melhores Empresas para se Trabalhar” há 15 anos, de acordo com pesquisas do Instituto Great Place to Work.

Atualmente, Romeu Zema é membro do Conselho do Grupo Zema, composto por empresas que operam em cinco ramos: varejo de eletrodomésticos e móveis, distribuição de combustível, concessionárias de veículos, serviços financeiros e autopeças. São 5.000 empregados diretos e aproximadamente 1.500 indiretos. O Grupo Zema é a maior rede a atender prioritariamente as cidades do interior do Brasil com até 50 mil habitantes.

Nascido em Diamantina, Paulo Brant tem 62 anos. O vice-governador é formado em Engenharia Civil e Economia, tem pós-graduação em economia, além de ser especialista em estratégia empresarial. Foi professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais e da PUC Minas. Paulo Brant ainda atuou como diretor-presidente da Celulose Nipo-Brasileira S/A – Cenibra, entre 2010 e 2016. Também foi secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, diretor-superintendente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, e chefe de gabinete do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Paulo Brant possui trabalhos publicados na área de economia: “Economia Mineira – 1989: Diagnóstico e Perspectivas”, “Evolução e Perspectivas do Setor Industrial em Minas Gerais”, “O Programa de Estabilização e os Bancos” e “O Setor Industrial em Minas Gerais: Características, Desempenho Recente e Perspectivas”. Também atuou como superintendente executivo de Relações Institucionais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), entre 2016 e 2018.

Fonte: Agência Minas

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Um Comentário

  1. Como fazer um PACTO COM MINAS, se ainda não conseguimos fazer um PACTO COM OS MUNICÍPIOS, ou seja, se ainda não conseguimos administrar as cidades com base num PLANO DIRETOR elaborado, executado e fiscalizado pela população conforme determina Lei Federal nº 10.257, denominada ESTATUTO DA CIDADE, aprovada há mais de 17 (dezessete) anos!
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