Alta de infartos entre os mineiros chega a 115% em 15 anos

Diabetes, obesidade, falta de exercícios físicos e estresse estão entre os fatores que aumentam a ocorrência do problema

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Um relatório preocupante divulgado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) revelou que o número de casos de infarto em Minas Gerais aumentou em impressionantes 115,4% nos últimos 15 anos. Os dados, com base no Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde, mostram um aumento significativo de 8.751 registros em 2008 para 18.856 casos em 2022. Esse aumento alarmante acendeu o alerta sobre a necessidade urgente de medidas de prevenção e conscientização.


Os números para todo o Brasil também são preocupantes, com um aumento de 158,3% no mesmo período. Esse crescimento nos índices de infartos está associado a uma série de fatores, incluindo estresse, maus hábitos alimentares, sedentarismo, diabetes, pressão alta e obesidade.

O doutor em pesquisa clínica Bernardo Tura, do INC, enfatiza a complexidade desses fatores que contribuem para o aumento dos infartos. “As pessoas estão ficando muito estressadas, estão comendo pior e fazendo menos atividade física. O diabetes, a pressão alta e a obesidade estão aumentando. Então, são muitos fatores unidos que podem levar as pessoas a infartar”, alertou.

O caso de Alexandre Maldonado, um marceneiro de 53 anos, ilustra essa preocupante tendência. Alexandre teve um infarto e relatou que sua rotina de trabalho sobrecarregada, que incluía trabalhar continuamente, foi um dos fatores que contribuíram para o seu problema de saúde. Ele alertou para a importância de cuidar da saúde e encontrar um equilíbrio entre o trabalho e o descanso.

Segundo especialistas, o tempo é fundamental quando se trata de infarto. Cerca de 50% das vítimas não sobrevivem a tempo de receber socorro, mas se atendidas por um médico em até uma hora, a taxa de sobrevivência pode ultrapassar 90%, sem sequelas graves.

A chegada do inverno aumenta ainda mais a preocupação, pois as baixas temperaturas levam as pessoas a ficarem em ambientes mal ventilados e a reduzirem a atividade física. As infecções respiratórias também podem desencadear infartos, tornando o inverno uma estação crítica.

A obesidade abdominal é outro fator de risco importante. De acordo com o Ministério da Saúde, uma pessoa com obesidade abdominal tem duas vezes e meia mais chances de sofrer um infarto em comparação com alguém sem essa condição.

Em meio a essa crescente preocupação com os infartos, o cardiologista mineiro Marco Túlio Castagna desenvolveu o AngelUS, um dispositivo de automonitoramento que permite a realização de eletrocardiogramas (ECG) em casa. Em caso de suspeita de infarto, o sistema é capaz de liberar medicação e indicar o hospital mais próximo, aumentando a chance de sobrevivência.

O AngelUS recebeu reconhecimento internacional e é semifinalista do Prêmio Eurofarma de Inovação em Saúde, mas ainda precisa de financiamento para ser disponibilizado ao público.

Esse aumento alarmante de infartos em Minas Gerais e em todo o Brasil destaca a urgência da educação em saúde e da adoção de medidas preventivas, incluindo um estilo de vida mais saudável e exames regulares para identificar precocemente os fatores de risco cardiovascular. É imperativo que a população esteja ciente dos sintomas e busque ajuda médica imediata quando necessário, pois o tempo faz toda a diferença no tratamento de um infarto.

Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo

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