Coluna do Henrique Varella – A tendência orgânica em nossa região

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O apelo por um modo de vida saudável e pelo respeito à natureza vem transformando a agricultura orgânica num dos maiores fenômenos de marketing dos últimos anos, é o que dizem os analistas da área, que os incluem “entre as tendências mais fortes de evolução da área de consumo”.

Fazendo uma breve pesquisa na internet para saber o volume dessa mudança descobri que o mercado orgânico cresce em média 45% ao ano em todo mundo e que aqui no Brasil, em 2008, já éramos 15 mil agricultores apostando neste tipo de cultivo. E o que se observa é um crescimento ininterrupto.

A explicação para este fenômeno pode estar no comportamento de indivíduos inovadores. Assim como queremos inovar em tecnologia, queremos inovar na qualidade de vida como um todo. À medida que se ganha mais informações e mais conhecimento a respeito de suas vantagens, a população interessada aumenta.

Podemos reparar facilmente a evolução da chegada desses produtos nas prateleiras dos supermercados. Nos grandes centros parece nem ser mais surpresa, no interior, essa movimentação começa a chamar atenção.

Motivado pelo espírito inovador e interessado como parte que atua na manipulação desses produtos, há mais ou menos 2 anos venho acompanhando o esforço de agricultores familiares de Belisário, distrito de Muriaé, em emplacar-se nessa cultura.

Aqui, nesse período, já foram feitos muitos testes e já foram colhidas espécies que enchem os olhos. Pavão, um dos líderes do movimento teve sucesso com abóboras, pimenta, tomate, café, mas também com morango e uva – que para mim é motivo de mais alegria – entre outras. E não vai parar por ai. Apesar de todas as dificuldades e da falta de apoio que lhes acometem (o que vem mudando desde a chegada do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas, o IFET, na cidade).

Mas Minas Gerais, quarto em área territorial do país, é um estado interessante justamente também pela diversidade que consegue criar entre suas formas de sobrevivência. Somos terra de mata atlântica, rico em fauna e flora, forte no turismo, minérios, leite, café, piscicultura, suinocultura, entre tantos e da culinária mais gostosa do Brasil. Por isso acho que devemos mesmo investir nessa linha inovadora. Acredito que aqui sempre teremos grandes chances de sucesso.

Em busca de mais informações e exemplos, fui recentemente conhecer um trabalho semelhante em Belmiro Braga, município perto de Juiz de Fora. Por lá os desafios e resultados são como os daqui, apesar de estar no começo, o que se vê é a coisa realmente acontecendo e funcionando. Inclusive grandes produtores de leite começam a aderir à agricultura. Porém o que mais me alegrou foi saber a dimensão que o projeto ganha. Fala-se inclusive num corredor de práticas sustentáveis que abrangeria toda essa nossa região. Torço, apoio e acredito que esse é rumo certo. Produzir com responsabilidade e focado no ser humano e em sua qualidade de vida.

Autor: Henrique Caldas Varella – Chef de cozinha no Restaurante Oswaldinha Gastronomia, formado pela Faculdade Estácio de Sá – BH

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