Sem salários, jogadores do NAC ameaçam não viajar para enfrentar Patrocinense
Com salários atrasados, os jogadores do Nacional de Muriaé convocaram uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (17) e levaram a público uma grande crise pela qual passa o clube. Faltando uma partida para o término do hexagonal final, os jogadores ameaçaram não viajar para enfrentar o Patrocinense, no sábado (20), às 16h, no estádio Júlio Aguiar, em Patrocínio.
O lateral Bicudo, eleito porta-voz pelos demais jogadores, disse que a situação chegou a um nível insustentável. “Não sabemos mais o que fazer, não temos mais nenhuma vontade de estar aqui. Já são cerca de 50 dias de salários atrasados, fora o ‘bicho’ (de R$ 50 mil) da primeira fase que até hoje não foi pago. Muitos falavam sobre situação de outros clubes que pagavam em dia, mas se for ver na tabela, mesmo com esse problema salarial, estamos a frente por exemplo do Betinense, que é um clube que está pagando em dia. Muitos jogadores têm família para sustentar e precisamos de uma definição do presidente, caso contrário não iremos viajar na sexta-feira para enfrentar o Patrocinense”, afirmou.
No início da manhã, Carlos Calmon, gerente de futebol do NAC, havia anunciado o desligamento do técnico Gerson Evaristo e do preparador físico Vinicius Cutini. Ele acompanhou o elenco durante o treinamento programado para a tarde. Na ocasião, garantiu que durante todo campeonato não faltou profissionalismo por parte do grupo. “Tivemos vários problemas internos durante todo o torneio, mas nunca deixamos de faltar com o compromisso com a instituição. No término da primeira fase não foi pago um ‘bicho’ prometido aos jogadores e no restante do torneio alguns atletas chegaram a se desligar do clube por conta de questões salariais. Temos que viajar para enfrentar o Patrocinense, mas os atletas não querem justamente por estes problemas e infelizmente não é algo que está ao meu alcance para resolver”, disse.
Para enfrentar o Patrocinense, o auxiliar André Alexandre (Andrezinho), que assumiu o comando da equipe, terá problemas para escalar um time, pois o elenco acabou “esvaziado” após acabarem as chances de acesso. Dos 13 atletas no elenco com condições de jogo, três são goleiros.
O presidente do Nacional, José Geraldo, ainda não se pronunciou sobre o problema.
Fonte: Guia Muriaé
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