Morador da região condenado por tráfico humano é preso no Aeroporto de Confins
O homem era procurado pelo Juízo da Vara Federal de Manhuaçu, na Zona da Mata Mineira
Um homem de 45 anos, procurado pela Justiça mineira, foi preso no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, no último sábado (10), quando tentava embarcar para São Paulo. A ação foi realizada pela Polícia Federal (PF).
Segundo informações da PF, o indivíduo estava sendo procurado pela Vara Federal de Manhuaçu, na Zona da Mata Mineira, após ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região pelos crimes de tráfico de pessoas e organização criminosa. As penas máximas para esses delitos somam mais de 15 anos de prisão.
O foragido foi detido durante uma conexão no aeroporto de Confins. Ele havia embarcado no aeroporto de Navegantes, em Santa Catarina, e tinha como destino final a cidade de São Paulo.
Após a captura, o homem foi encaminhado ao sistema prisional para cumprir sua pena.
Relembre o caso – Polícia Federal desarticula na região, grupo que promovia imigração ilegal para os EUA
A Polícia Federal realizou nesta segunda-feira (5) a operação “Terminus – México” com o objetivo de combater o crime de migração ilegal nas regiões do Vale do Aço e Leste de Minas Gerais. A ação resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em Engenheiro Caldas, Piedade de Caratinga, Belo Horizonte e Guarulhos (SP), além de três mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária. Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Governador Valadares, que também determinou o bloqueio de valores aproximados de R$ 26 milhões.
Os investigados são apontados como responsáveis por facilitar a emigração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos, utilizando o esquema conhecido como “cai-cai”, além de ameaçar os familiares que não pagavam as quantias acordadas para viabilizar a viagem ao exterior com o objetivo de obter vantagens econômicas.
Segundo apurações da Polícia Federal, mais de 250 brasileiros, incluindo cerca de 100 menores de idade, emigraram ilegalmente com a ajuda dessa associação criminosa, atravessando a fronteira mexicana e enfrentando os riscos do deserto e ações dos criminosos que os acompanhavam até chegarem aos Estados Unidos.
De acordo com a PF, os envolvidos responderão por crimes de promoção de migração ilegal, incluindo de crianças e adolescentes, e associação criminosa. Se condenados, podem cumprir até 14 anos de reclusão.
No esquema “cai-cai”, crianças e adolescentes são utilizados para facilitar a entrada e permanência de adultos nos Estados Unidos. Esse termo é utilizado porque, ao cruzar a fronteira, o imigrante acompanhado pelo menor de idade se entrega às autoridades. Devido à complexidade para a internação da criança ou adolescente, o adulto passa a responder ao processo em liberdade, enquanto permanece no país estrangeiro.
As investigações da Polícia Federal revelaram que, em alguns casos, os menores de idade utilizados nesse esquema são filhos dos próprios imigrantes. Em outras situações, foi confirmada a adulteração de documentos, como certidões de nascimento.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo / Diário do Aço
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