Novo protocolo da OMS determina que portadores do HIV sejam tratados assim que diagnosticados

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A Organização Mundial da Saúde anunciou neste domingo (19), em Vancouver, Canadá, que seu novo protocolo para tratamento das pessoas vivendo com HIV/aids, a ser lançado em dezembro deste ano, determinará que todas as pessoas com HIV no mundo sejam tratadas com terapia antirretroviral assim que diagnosticadas, independentemente de sua carga viral. A medida já é praticada desde dezembro de 2013 pelo Brasil, que adotou o “Testar e Tratar” como política de tratamento, com a edição do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.

O anúncio ocorreu numa sessão pré-Congresso IAS 2015, cuja abertura está prevista para as 19h (horário de Brasília) deste domingo (19). O congresso da International Aids Society é um dos maiores fóruns científicos no campo de HIV e aids de todo o mundo, e acontece no Centro de Convenções de Vancouver, de hoje a 22 de julho.

Na sua apresentação, a OMS fez questão de mencionar o exemplo do Brasil, enfatizando que a adoção do novo protocolo melhorou a saúde das pessoas vivendo com HIV. Antes do protocolo, cuja aplicação se iniciou em dezembro de 2013, o Brasil registrava uma taxa média de CD4 de 265 células/mm3 assim que o paciente entrava em tratamento. Hoje, a taxa média de CD4 é de 419 células/mm3 no início do tratamento.

Os níveis de adesão dos pacientes se mantiveram os mesmos, uma vez que a supressão de carga viral permaneceu estabilizada entre 2013 e 2014.

Chamado a comentar o novo protocolo em uma mesa de debates aberta logo após o anúncio, o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, ressaltou que a mudança não foi imposta e que a evidência mostra “que essa é realmente a direção que deve ser tomada por todo o mundo”.

O secretário-executivo do Unaids, Luiz Loures, parabenizou a OMS pela iniciativa e afirmou que a organização lidera globalmente a resposta à aids no setor de saúde com decisões baseadas em evidência científica.

O novo protocolo da OMS prevê, ainda, que a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) seja recomendada como uma opção de terapia adicional para todas as pessoas que integrem populações com risco substancial de serem infectadas pelo HIV (prevalência superior a 3%).

Novo protocolo da OMS de testagem

Na mesma sessão em que antecipou alguns pontos do protocolo de HIV, a OMS lançou seu novo guia sobre testagem de HIV, que traz importantes avanços.

O novo guia estimula a capacitação de membros da comunidade para que estes possam aplicar o teste de aids e a testagem em organizações comunitárias que tenham acesso mais amplo às populações mais vulneráveis ao HIV. O Brasil adota as duas medidas no projeto Viva Melhor Sabendo.

Fábio Mesquita também foi convidado a comentar o anúncio da OMS e apresentou a experiência de trabalho colaborativo entre o Ministério da Saúde, a secretaria municipal da Saúde de Curitiba, o USCDC, o Unaids, o Grupo Dignidade e outros parceiros no projeto piloto “A Hora é Agora”, de autoteste, focado na população jovem de homens que fazem sexo com homens.

O novo protocolo de testagem da OMS indica que o autoteste deve ser estimulado. Em sua fala, Mesquita informou que a Anvisa realizou consulta pública sobre o autoteste e afirmou esperar que esse tipo de testes estejam disponíveis no segundo semestre.

Fonte: Assessoria de Comunicação / Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

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