Os desafios de conviver com o HIV

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Ser diagnosticado como HIV positivo é uma questão delicada. Desde o momento do diagnóstico o paciente precisa ser cercado de cuidado e iniciar o tratamento o mais breve possível, para melhorar sua a qualidade de vida.

O ator Gabriel Estrëla recebeu o diagnostico há 5 anos e conta que não foi fácil lidar com a notícia. “Na época estava com HPV e fui fazer exames. Descobri que também havia contraído o HIV. É muito difícil. Como não tinha tanta informação, a primeira coisa que e pensei foi que iria morrer. Tive sorte de contar logo para minha família e ter o apoio da minha mãe. Ela não me deu nem opção, já me levou para o médico para começar o tratamento”, disse ele.

Hoje, Gabriel usa a sorologia positiva como motivação para ajudar outras pessoas. Recentemente, participou de um vídeo com a youtuber Jout Jout que já bateu a marca de 250 mil visualizações. “Demorou para eu conseguir me livrar da culpa. Ficamos com o estigma de que fizemos algo errado e que por isso somos culpados. Quando eu consegui superar a culpa veio para mim um sentimento de responsabilidade. Percebi que estava muito bem, que conseguia fazer o tratamento, que tinha uma família que me apoiava, mas que isso não é a realidade de todo mundo. Aí começou a vir uma vontade de fazer alguma coisa pelas pessoas que não tinham tanta sorte como eu”, conta.

No Brasil, assim como Gabriel, todas as pessoas que testam positivo para HIV têm acesso ao tratamento gratuito pelo SUS, independente da carga viral. Essa política de tratamento é adotada no país desde dezembro de 2013, quando foi lançado o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Adultos, e recebeu menção honrosa da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante Congresso Internacional de Aids (IAS). No anúncio, a OMS cita o exemplo do Brasil, enfatizando que a adoção do novo protocolo melhorou a saúde e a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV, além de reduzir a transmissão do vírus.

Nova PEP

O tratamento para quem sofre risco de exposição com a profilaxia pós-exposição (PEP) do HIV foi unificado no Sistema Único de Saúde (SUS). O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de Risco para Infecção pelo HIV unificou os três tipos de PEP existentes: acidente ocupacional, violência sexual e relação sexual consentida. O documento recomenda também a redução do tempo de acompanhamento do tratamento de seis para três meses.

O protocolo institui que os medicamentos utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus. Entretanto, o ideal é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas após a exposição ao risco. Ao todo, são 28 dias consecutivos de uso dos quatro medicamentos antirretrovirais previstos no novo protocolo (tenofovir + lamivudina + atazanavir + ritonavir). Em 2014, foram ofertados 22 mil tratamentos em todo o país.

Em 2014 a PEP contou com investimento de R$ 3,6 milhões, ou seja, 0,4% do total de R$ 864 milhões investidos com antirretrovirais em 2013. Disponível desde a década de 1990 no SUS, o procedimento foi implantado, inicialmente, para os profissionais de saúde, como prevenção, em casos de acidentes de trabalho, com materiais contaminados ou possivelmente contaminados. Ainda em 1998, a PEP foi estendida para vítimas de violência sexual. Em 2011, o tratamento passou a incluir qualquer exposição sexual de risco, como o não uso ou o rompimento do preservativo.

Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde

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